O advogado de longa experiência na área criminal, Odilon Vieira assumiu recentemente o papel de assistente de acusação no caso do homicídio do sargento Carlos Júnior da Silva Melo, representando a viúva, Jéssica Raiane. Ele entrou em contato com o Correio de Carajás e revela que foi contratado para acompanhar de perto as investigações e garantir que a justiça seja feita em relação à morte brutal do sargento, que ocorreu na madrugada de segunda-feira, 1º.
O caso tem gerado revolta e muita polêmica na cidade. Após o posicionamento, em vídeo, da defesa de Wilson Carlos, o seu advogado, João Victhor Batista, alegou que o cliente agiu em legítima defesa, após ser agredido pelo militar, perdendo três dentes em decorrência da aludida agressão.
Nesta sexta-feira, dia 5, foi a vez da assistência de acusação da viúva de Carlos Júnior, Jéssica Raiane Melo, representada por Odilon Vieira, declarar em entrevista exclusiva ao Correio de Carajás que discorda veementemente do argumento de legítima defesa apresentado por Wilson Carlos.
Leia mais:Odilon foi enfático em afirmar que as imagens de câmeras de segurança divulgadas mostram uma violência desnecessária e brutal.
“O que vemos nas imagens é alguém no chão, após ser baleado, recebendo coronhadas na cabeça. Se isso fosse feito com um cachorro, já me causaria repulsa. Então, o que dizer de fazer isso com um ser humano?”, afirma. Ele acrescenta que espera que a Polícia Civil conclua o inquérito de forma justa e que o responsável pelo que ele classificou como “assassinato brutal” seja condenado por homicídio com as qualificadoras pertinentes.
Odilon também destaca que sua cliente, Jéssica, contratou seus serviços para acompanhar as investigações e esclarecer os fatos. Ele menciona que, embora ainda não esteja atuando como assistente de acusação, está monitorando o caso de perto para garantir que a verdade prevaleça.
“Eu confio no trabalho da polícia. A Polícia Civil do Estado do Pará vai esclarecer os fatos para a sociedade marabaense”, disse, ressaltando sua confiança na justiça penal.
O advogado também pontua a brutalidade do crime, mencionando que, mesmo após o sargento estar aparentemente neutralizado no chão, ele foi agredido com coronhadas na cabeça. “Nunca vi algo assim. A perícia vai dizer se ele já estava morto ou não, mas é evidente que houve uma desnecessária violência”, afirma.
Jéssica, que está muito abalada, procurou Odilon por estar incomodada com as desinformações sobre o caso. Segundo o advogado, ela está traumatizada com o ocorrido e a alegação de legítima defesa, que considera infundada. “Ela está extremamente abalada, isso vai ser um trauma psicológico para o resto da vida, especialmente porque o casal tem um filho de três anos”, explica.
Odilon finaliza expressando sua confiança na justiça penal e sua expectativa de que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos, para que a verdade prevaleça e o responsável seja punido conforme a lei. (Thays Araujo)