O pontapé para a segunda etapa das obras de revitalização da Praça São Francisco, no Bairro Cidade Nova, já foi dado. Apesar da boa notícia, quem não anda nada contente são os ambulantes da área que, novamente, começaram a ser retirados para que seja dada a continuidade às obras.
Em abril, um entendimento entre a Secretaria de Obras e os ambulantes, foi combinado que o perímetro entre os quiosques e o ponto de táxi não fosse mexido no primeiro momento, permitindo que alguns vendedores permanecessem no local por um pouco mais de tempo, até que a primeira etapa fosse concluída.
Com a primeira parte das obras finalizadas, os ambulantes que atuam na área serão retirados e agora não sabem para onde ir e como vão ganhar o pão de cada dia. Segundo o vendedor José Antônio Marinho, ele e outros comerciantes da praça não sabem o que fazer.
Leia mais:Nilma Rodrigues Souza trabalha vendendo sorvetes na praça há dois anos e meio. Questionada pela Reportagem sobre a expectativa da conclusão das obras, ela tem esperança de retornar para lugar. “Aqui é meu meio de sobrevivência, então aguardo para poder voltar ao meu trabalho”, respondeu.
O CORREIO procurou o secretário Fábio Moreira, da Secretaria de Obras, para saber quais os próximos passos da obra. “Separamos a obra em duas etapas, dividimos a praça ao meio e, na primeira etapa, fizemos o piso em frente à igreja, onde a partir de agora, terá piso em granilite, semelhante à praça São Félix, que permite as crianças e adolescentes de brincarem. Além disso também teve a reforma da pista de skate”, replicou. A previsão é de que a praça seja entregue antes do “Natal Encantado”.
O engenheiro civil Valber André Araújo, responsável pela obra de reforma pela empresa CFS Lopes, disse que o fechamento da segunda parte da praça iniciou no dia 11. “Essa primeira etapa foi entregue em aproximadamente 50% da reforma. O custo da obra, revelou, está orçado em R$ 1.425.000,00 e deve demorar oito meses, com previsão de entrega para novembro deste ano.
De acordo com Túlio Rosemiro, coordenador do Código de Postura, a praça será reformada e, diante disso, estão sendo retirados os vendedores ambulantes do local.
Segundo ele, o fim dessa atividade na praça está definido desde o ano de 2017 e os comerciantes informais já sabiam disso, embora estejam relutantes em deixar o local. Túlio diz que a praça está tomada por vendedores de alimentos, muitos dos quais utilizam botijões de gás ao ar livre, colocando em risco a vida das pessoas.
Ainda de acordo com Túlio Rosemiro, a prefeitura está realizando a operação “Calçada Livre”, em toda a cidade de Marabá, para devolver os espaços públicos para as pessoas. “Aqui há vendedor de açaí que domina umas quatro barracas. Muitos deles poderiam alugar um ponto e sair da informalidade, mas têm medo”, finalizou. (Karine Sued e Josseli Carvalho)