O CORREIO teve acesso a novas imagens aéreas do canteiro de obras das novas pontes sobre o Rio Tocantins, em Marabá, e é possível perceber que elas começam a ganhar forma. Para quem passa nos arredores, já é possível perceber os primeiros metros de tablado da ponte rodoviária. Isso não é por acaso, o Jornal foi atrás de mais informações e teve confirmação de que a obra entrou em uma nova fase, com o “empurre do primeiro vão da ponte”, segundo o Consórcio Ponte Rio Tocantins (CPRT).
Esse procedimento está acontecendo a partir do lado do São Félix. Na outra margem, na Nova Marabá, ocorre a montagem do bico metálico, etapa importante para o início do empurre naquele canteiro. Ou seja, a obra avançará em duas frentes.
Segundo as empreiteiras, a metodologia de empurre elimina a necessidade de escoramento, o que proporciona uma execução ainda mais segura à obra. Na ponte rodoviária, os caixões de concreto são fabricados em segmentos e empurrados sobre os pilares por meio de dois macacos hidráulicos, cada um com capacidade de 600 toneladas. Cada caixão possui 55 metros de comprimento e pesa, em média, 830 toneladas.
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Na ponte ferroviária, o caixão metálico é montado a partir de vigas e, após soldagem, é empurrado de maneira similar à técnica utilizada na ponte rodoviária, com dois macacos hidráulicos de 185 toneladas, cada um. Cada viga possui 11 metros de comprimento e pesa, em média, 72 toneladas.
“Quando concluída, a ponte rodoviária será a maior da América Latina com superestrutura em caixão de concreto empurrada. Já a ponte ferroviária será a primeira do Brasil a utilizar pilares pré-moldados protendidos, técnica que amplia a resistência da estrutura. Atualmente, o projeto das novas pontes sobre o Rio Tocantins emprega cerca de 2 mil profissionais, a maioria moradores de Marabá”, diz a assessoria.

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O empreendimento é realizado pela Vale, por meio do Consórcio Ponte Rio Tocantins (CPRT), prevê um investimento de R$ 4,1 bilhões e deve ser concluído até 2027. O projeto consiste na construção de duas novas pontes a 300 metros da estrutura rodoferroviária atual, tendo cada uma delas 2,3 quilômetros de extensão.
Uma ponte será exclusivamente ferroviária, contribuindo para o aumento da capacidade da Estrada de Ferro Carajás (EFC). Já a outra será rodoviária e promete desafogar o trânsito na chegada a Marabá, via BR-222.
A nova ponte rodoviária contará com passeio para pedestres e cadeirantes, acostamento lateral, iluminação, faixas de segurança, barreira de proteção antiqueda, guarda-corpo e proteção que reduz danos em caso de colisão de barcos.
“Elas ligarão os núcleos Nova Marabá e São Félix. Uma ponte será exclusivamente ferroviária, contribuindo para o aumento da capacidade da Estrada de Ferro Carajás (EFC). Já a outra será rodoviária e irá desafogar o trânsito em Marabá e fortalecer a ligação entre o sudeste do Pará e outros Estados”.
(Da Redação)