Duvida-se, e muito, que a mineradora Norks Hydro fizesse em seu país de origem, a Noruega, o que faz criminosamente em Barcarena: contamina rios, igarapés e poços artesianos com rejeitos de bauxita armazenados em suas bacias. Ela se nega a admitir o que faz, com a arrogância típica de quem não deve satisfações às autoridades brasileiras. O governo da Noruega, outro arrogante, embora tenha 34% das ações da Hydro, lavou as mãos e diz que não interfere no caso. O rei está nu, nadando nos lucros e matando comunidades no Pará.
Quem pega o monstro?
A pergunta está no ar: quem irá dar um basta nos crimes ambientais e sociais da Hydro? O governo tucano de Simão Jatene está ao lado da empresa e culpa as chuvas pelo vazamento das bacias. Portanto, dele pouco ou quase nada se espera. O desembargador do TJ paraense, Leonam Cruz, já disse não a um mandado de segurança para que fosse suspenso o embargo das bacias e da metade da produção da empresa. Leonam dá um alento de retidão e senso de justiça . Mas e o TJ, vai sustentar a decisão dele? A conferir.
Leia mais:Toma que é teu
Poucos perceberam. A Vale era a acionista majoritária da Alunorte e da Albrás até 2010, quando assinou um acordo com a Hydro. O resultado dessa transação foi a transferência de todas as participações da Vale na Albras, Alunorte e Companhia de Alumina do Pará (CAP). A Hydro pagou em dinheiro US$ 405 milhões e assumiu uma dívida líquida de US$ 700 milhões. Outra parte foi paga em ações ordinárias, que após a oferta dessas ações representou 22% do capital da Hydro. A Vale passou o pepino ambiental adiante e ainda saiu no lucro. Espertinha.
Fiscalização de nada
É bom saber: o Pará, e isso não é de hoje, ostenta um dos índices mais baixos de eficiência governamental do país se comparado com outros estados da federação. A propósito, tome-se o exemplo da área ambiental. A fragilidade da fiscalizaç?o é enorme e as medidas compensatórias de impacto ambiental são praticamente nulas. Isso coloca o Estado diante de um vexame perante a opini?o pública e seus indicadores de sustentabilidade. E a culpa não é de São Pedro.
Cruz e caldeirinha
Sob festa, a jornalista Úrsula Vidal deixou a Rede Sustentabilidade e ingressou no Psol, mas ainda não se decidiu se sairá candidata ao governo paraense ou ao Senado. Partidos de esquerda, hoje órfãos de bons candidatos, consideram Úrsula um bom nome. O PT, que lançará Paulo Rocha ao governo, também namora a agora psolista. Até as convenções partidárias, em julho, muita água ainda rolará debaixo dessa ponte. Alguém, contudo, será afogado politicamente no final.
E o vice começou a murchar
Zequinha Marinho, o vice rebelde do governador Simão Jatene, começou a mil por hora. Anunciou que ficaria até o final do governo, se Jatene saísse para candidatar-se ao Senado, e seria candidato ao governo. Deu entrevistas, pintou e bordou. O governador insistiu que Márcio Miranda era seu candidato e, aos poucos, foi jogando o vice para escanteio. Agora, já se ouve o murmúrio de Zequinha de que poderá sair candidato a deputado estadual. O gás do balão inflado parece que acabou.
______________________BASTIDORES____________________________
* É tempo de declaração de imposto de renda e há uma perversidade tributária explícita contra a classe média e os pobres fustigados pelo “leão” da Receita.
* Essa é para refletir: 2,4% dos contribuintes da Receita Federal, ou seja, os ricos e barões da elite tupiniquim, detém mais da metade das isenções do IR, ou 55%.
* Para se ter noção disso, no ano passado, tal parcela dos mais ricos recebeu R$ 463 bilhões em rendimentos sem cobrança do imposto de renda.
* Segundo os dados da própria Receita, quem ganhou mais de R$ 70,4 mil mensais teve cerca de dois terços da renda isentos de tributação. Além de empresários, no funcionalismo público também há um volume enorme de isenções que também são concentradoras de renda.
* Essa elite do funcionalismo público é formada pelos membros do Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas, todos isentos de IRPF.
* Cada juiz, procurador, ministro ou conselheiro de tribunal de contas do País recebeu em média R$ 630 mil, sendo cerca de R$ 180 mil livres de qualquer tributação. Boa parte dessa isenção é alimentada por “penduricalhos” como o auxílio-moradia e a ajuda de custo.
* Os outros 45% dos contribuintes, que não fazem parte dessa elite, ralam para sobreviver e são descontados até os fios de cabelo. O “leão” do IR é gatinho para os privilegiados.
Duvida-se, e muito, que a mineradora Norks Hydro fizesse em seu país de origem, a Noruega, o que faz criminosamente em Barcarena: contamina rios, igarapés e poços artesianos com rejeitos de bauxita armazenados em suas bacias. Ela se nega a admitir o que faz, com a arrogância típica de quem não deve satisfações às autoridades brasileiras. O governo da Noruega, outro arrogante, embora tenha 34% das ações da Hydro, lavou as mãos e diz que não interfere no caso. O rei está nu, nadando nos lucros e matando comunidades no Pará.
Quem pega o monstro?
A pergunta está no ar: quem irá dar um basta nos crimes ambientais e sociais da Hydro? O governo tucano de Simão Jatene está ao lado da empresa e culpa as chuvas pelo vazamento das bacias. Portanto, dele pouco ou quase nada se espera. O desembargador do TJ paraense, Leonam Cruz, já disse não a um mandado de segurança para que fosse suspenso o embargo das bacias e da metade da produção da empresa. Leonam dá um alento de retidão e senso de justiça . Mas e o TJ, vai sustentar a decisão dele? A conferir.
Toma que é teu
Poucos perceberam. A Vale era a acionista majoritária da Alunorte e da Albrás até 2010, quando assinou um acordo com a Hydro. O resultado dessa transação foi a transferência de todas as participações da Vale na Albras, Alunorte e Companhia de Alumina do Pará (CAP). A Hydro pagou em dinheiro US$ 405 milhões e assumiu uma dívida líquida de US$ 700 milhões. Outra parte foi paga em ações ordinárias, que após a oferta dessas ações representou 22% do capital da Hydro. A Vale passou o pepino ambiental adiante e ainda saiu no lucro. Espertinha.
Fiscalização de nada
É bom saber: o Pará, e isso não é de hoje, ostenta um dos índices mais baixos de eficiência governamental do país se comparado com outros estados da federação. A propósito, tome-se o exemplo da área ambiental. A fragilidade da fiscalizaç?o é enorme e as medidas compensatórias de impacto ambiental são praticamente nulas. Isso coloca o Estado diante de um vexame perante a opini?o pública e seus indicadores de sustentabilidade. E a culpa não é de São Pedro.
Cruz e caldeirinha
Sob festa, a jornalista Úrsula Vidal deixou a Rede Sustentabilidade e ingressou no Psol, mas ainda não se decidiu se sairá candidata ao governo paraense ou ao Senado. Partidos de esquerda, hoje órfãos de bons candidatos, consideram Úrsula um bom nome. O PT, que lançará Paulo Rocha ao governo, também namora a agora psolista. Até as convenções partidárias, em julho, muita água ainda rolará debaixo dessa ponte. Alguém, contudo, será afogado politicamente no final.
E o vice começou a murchar
Zequinha Marinho, o vice rebelde do governador Simão Jatene, começou a mil por hora. Anunciou que ficaria até o final do governo, se Jatene saísse para candidatar-se ao Senado, e seria candidato ao governo. Deu entrevistas, pintou e bordou. O governador insistiu que Márcio Miranda era seu candidato e, aos poucos, foi jogando o vice para escanteio. Agora, já se ouve o murmúrio de Zequinha de que poderá sair candidato a deputado estadual. O gás do balão inflado parece que acabou.
______________________BASTIDORES____________________________
* É tempo de declaração de imposto de renda e há uma perversidade tributária explícita contra a classe média e os pobres fustigados pelo “leão” da Receita.
* Essa é para refletir: 2,4% dos contribuintes da Receita Federal, ou seja, os ricos e barões da elite tupiniquim, detém mais da metade das isenções do IR, ou 55%.
* Para se ter noção disso, no ano passado, tal parcela dos mais ricos recebeu R$ 463 bilhões em rendimentos sem cobrança do imposto de renda.
* Segundo os dados da própria Receita, quem ganhou mais de R$ 70,4 mil mensais teve cerca de dois terços da renda isentos de tributação. Além de empresários, no funcionalismo público também há um volume enorme de isenções que também são concentradoras de renda.
* Essa elite do funcionalismo público é formada pelos membros do Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas, todos isentos de IRPF.
* Cada juiz, procurador, ministro ou conselheiro de tribunal de contas do País recebeu em média R$ 630 mil, sendo cerca de R$ 180 mil livres de qualquer tributação. Boa parte dessa isenção é alimentada por “penduricalhos” como o auxílio-moradia e a ajuda de custo.
* Os outros 45% dos contribuintes, que não fazem parte dessa elite, ralam para sobreviver e são descontados até os fios de cabelo. O “leão” do IR é gatinho para os privilegiados.