Correio de Carajás

O orquidário que há 47 anos cultiva a paixão pelas orquídeas

Gabriel de Oliveira, aos 87 anos, é uma figura conhecida entre os apreciadores das orquídeas (Foto: Evangelista Rocha)

No coração do Orquidário Margaret Mee, da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), seu Gabriel cultiva há oito anos, não apenas orquídeas, mas também histórias de amor e dedicação que remontam à sua infância.

Neste sábado, dia 22, celebramos o Dia do Orquidófilo, uma data dedicada àqueles que consagram suas vidas ao encanto e à exuberância dessas flores.

É um momento de reconhecer o esforço e a paixão de quem transforma o mundo ao nosso redor com a beleza das orquídeas.

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Gabriel de Oliveira, aos 87 anos, é uma figura conhecida entre os apreciadores das orquídeas, tendo dedicado parte da vida aos cuidados da planta.

Com uma carreira em multinacionais do setor agrícola, foi em 1976 que o orquidário descobriu sua verdadeira paixão: “Quando percebi, já tinha cerca de 4 mil vasos em casa”, revela.

O TRABALHO E A PAIXÃO

Há uma década, Gabriel trocou o Paraná por Marabá, trazendo consigo um caminhão carregado com 2 mil mudas de orquídeas. Para ele, o cultivo das plantas não é trabalho, mas uma expressão de amor: “Não é um trabalho, é uma paixão”, afirma.

Na Casa da Cultura, ele dedica cada dia ao cuidado das mais variadas espécies, encontrando sempre algo novo para aprender, segundo ele, lidar com orquídeas é um exercício constante de busca e descoberta.

Seu Gabriel revela que desde criança, foi cativado pelo mundo das plantas, influenciado pela mãe, que transformava cada casa em um jardim: “Minha mãe fazia jardins em todas as casas onde morávamos, e eu ajudava”, relembra com carinho.

A PLANTA E OS CUIDADOS

Mas nem tudo são flores. Cultivar orquídeas exige atenção e carinho, como explica seu Gabriel: “O clima aqui é diferente do Paraná, onde temos quatro estações bem definidas. Aqui, só temos duas, e isso afeta bastante o cultivo”, lamenta.

A claridade e a umidade controlada são essenciais: “As orquídeas adoram claridade, mas não sol direto. O ambiente precisa ter sombra e proporcionar luz e aquosidade na mesma sintonia”, completa.

Mesmo aos 87 anos, seu Gabriel encontra alegria e propósito no trabalho que desenvolve, contribuindo não só para a beleza das plantas, mas para seu próprio bem-estar.

O orquidário diz ser grato pela oportunidade de embelezar a comunidade com sua arte. Podar, regar e dedicar o tempo às orquídeas enche sua vida de felicidade e significado.

Este dia é uma forma de homenagear a paixão de seu Gabriel, e de todos os que assim como ele, encontram um refúgio nas plantas. Que a dedicação seja inspiração, na busca de valorizar as belezas da natureza e cultivar com amor aquilo que traz alegria e propósito. (Milla Andrade)