Correio de Carajás

O homem que antevia a notícia

Durante 105 anos de história, Marabá teve vários jornais e revistas que tiveram começo, meio e fim. O primeiro periódico de que se tem notícia foi a Revista da Academia Marabaense de Letras, na década de 1920. Depois, a Revista Marabá, nas décadas de 1940 a 1950, entre outros tantos que surgiram na terra fundada por Francisco Coelho.

Apesar da importância de cada um em seu tempo, nenhum deles foi tão longevo quanto o CORREIO DO TOCANTINS, mais recentemente sintetizado para Jornal Correio. E tudo isso se deve à perseverança de um homem: Mascarenhas Carvalho, fundador e que manteve o jornal funcionando por três décadas, sendo seu diretor-presidente, editor, redator, repórter e jornaleiro.

Por muitos anos, Mascarenhas dividia o tempo do Jornal com a administração de seu Armarinho Maracanã, localizado na Avenida Getúlio Vargas, Velha Marabá.

Leia mais:

Nos primeiros anos, fazia entrevista com gravadores que hoje apelidamos de “jurássicos” pelo tamanho colossal. De volta à Redação, em geral, ele mesmo redigia suas notícias numa máquina de escrever Olivetti, mas posteriomente, dividia com a gente a gravação para produção do texto.

Mesmo quando o Jornal se modernizou, com advento da Internet e com dois editores para dividir o fardo da revisão, Mascarenhas fazia questão de ler todas as notícias que seriam publicadas. Elas chegavam na sua mesa impressas em papel contínuo e ele lia cada linha e fazia observações com garranchos que poucos entendiam. Depois, voltavam para o diagramador, que cuidava das alterações.

No tempo do Fusca, do Passat e até mesmo da moderna mini SUV verde da Mitsubishi que Mascarenhas comprou nos melhores anos do seu negócio, a entrega dos jornais para as bancas era feita por ele, acompanhado por seu fiel escudeiro, fotógrafo Evangelista Rocha.

Todos nós, jornalistas – formados em Comunicação Social ou não – aprendemos muito com ele. Desde montagem da pauta, entrevista, redação e edição, ele estava à frente de seu tempo. Sabia de cabeça se determinado título caberia no estreito espaço da página.

Se o jornal se tornou o herói da resistência em tempos de redes sociais, deve-se muito disso ao pioneirismo de quem soube garimpar histórias e transformá-las em notícias de grande relevância para a comunidade.

Seu Masca, como era chamado pelos amigos colaboradores da Redação, também soube conviver harmonicamente e tirar as melhores pérolas de todas as gerações de jornalistas-boêmios que passaram pelo Correio em três décadas.

Ao celebrarmos 35 anos do Jornal, oferecemos um brinde com suco de uva integral ou mesmo com cachaça branquinha da velha geração ou ainda cerveja com os noviços. Brindamos a Mascarenhas Carvalho e a todos os jornalistas e colaboradores que escreveram o CORREIO em 35 anos.

SÍNTESE – Se o jornal se tornou o herói da resistência em tempos de redes sociais, deve-se muito disso ao pioneirismo de quem soube garimpar histórias e transformá-las em notícias de grande relevância para a comunidade

(Ulisses Pompeu)

 

Durante 105 anos de história, Marabá teve vários jornais e revistas que tiveram começo, meio e fim. O primeiro periódico de que se tem notícia foi a Revista da Academia Marabaense de Letras, na década de 1920. Depois, a Revista Marabá, nas décadas de 1940 a 1950, entre outros tantos que surgiram na terra fundada por Francisco Coelho.

Apesar da importância de cada um em seu tempo, nenhum deles foi tão longevo quanto o CORREIO DO TOCANTINS, mais recentemente sintetizado para Jornal Correio. E tudo isso se deve à perseverança de um homem: Mascarenhas Carvalho, fundador e que manteve o jornal funcionando por três décadas, sendo seu diretor-presidente, editor, redator, repórter e jornaleiro.

Por muitos anos, Mascarenhas dividia o tempo do Jornal com a administração de seu Armarinho Maracanã, localizado na Avenida Getúlio Vargas, Velha Marabá.

Nos primeiros anos, fazia entrevista com gravadores que hoje apelidamos de “jurássicos” pelo tamanho colossal. De volta à Redação, em geral, ele mesmo redigia suas notícias numa máquina de escrever Olivetti, mas posteriomente, dividia com a gente a gravação para produção do texto.

Mesmo quando o Jornal se modernizou, com advento da Internet e com dois editores para dividir o fardo da revisão, Mascarenhas fazia questão de ler todas as notícias que seriam publicadas. Elas chegavam na sua mesa impressas em papel contínuo e ele lia cada linha e fazia observações com garranchos que poucos entendiam. Depois, voltavam para o diagramador, que cuidava das alterações.

No tempo do Fusca, do Passat e até mesmo da moderna mini SUV verde da Mitsubishi que Mascarenhas comprou nos melhores anos do seu negócio, a entrega dos jornais para as bancas era feita por ele, acompanhado por seu fiel escudeiro, fotógrafo Evangelista Rocha.

Todos nós, jornalistas – formados em Comunicação Social ou não – aprendemos muito com ele. Desde montagem da pauta, entrevista, redação e edição, ele estava à frente de seu tempo. Sabia de cabeça se determinado título caberia no estreito espaço da página.

Se o jornal se tornou o herói da resistência em tempos de redes sociais, deve-se muito disso ao pioneirismo de quem soube garimpar histórias e transformá-las em notícias de grande relevância para a comunidade.

Seu Masca, como era chamado pelos amigos colaboradores da Redação, também soube conviver harmonicamente e tirar as melhores pérolas de todas as gerações de jornalistas-boêmios que passaram pelo Correio em três décadas.

Ao celebrarmos 35 anos do Jornal, oferecemos um brinde com suco de uva integral ou mesmo com cachaça branquinha da velha geração ou ainda cerveja com os noviços. Brindamos a Mascarenhas Carvalho e a todos os jornalistas e colaboradores que escreveram o CORREIO em 35 anos.

SÍNTESE – Se o jornal se tornou o herói da resistência em tempos de redes sociais, deve-se muito disso ao pioneirismo de quem soube garimpar histórias e transformá-las em notícias de grande relevância para a comunidade

(Ulisses Pompeu)