📅 Publicado em 07/08/2025 08h31
Com cartazes, faixas e camisetas pedindo por justiça, amigos e familiares de Flávia Alves Bezerra se concentraram em frente ao Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, em Marabá, onde Willian Araújo Sousa, acusado de assassinar a tatuadora, será julgado nesta quinta (7). Às 8 horas, as portas do órgão foram abertas para o público que irá acompanhar a Sessão do Tribunal do Júri, marcada para iniciar às 8h30.

Ao Correio de Carajás, a mãe da vítima, Paula Alves Carneiro, afirmou que há um ano, três meses e 24 dias não dorme aguardando por esse júri. “A luta foi grande. Desde quando minha filha desapareceu, eu nunca vivi o luto porque eu tive que lutar por justiça. Nunca tive tempo de chorar pela minha filha”, afirmou.
Os familiares esperam que Will Sousa, como é conhecido o tatuador acusado de assassinar a tatuadora, saia condenado do fórum. “A minha filha precisa descansar. Eu também preciso descansar o meu coração, preciso deixar a minha filha ir”, afirma, acrescentando que só irá viver o luto quando os acusados pagarem pelo crime.
Leia mais:A mãe refere-se também a Deidyelle de Oliveira Alves, esposa de Will. Ela é acusada de participar da ocultação do corpo, mas os processos foram desmembrados.
Paula relembra que o acusado frequentava a casa dela e conhecia a família, o que causa ainda mais indignação. “Ele era um cara que era conhecido, tinha uma vida boa, ia na minha casa, me conhecia. Por que ele fez isso com a minha filha? Eu nem acreditei”.
Por fim, agradeceu à promotoria e aos advogados de acusação e a população de Marabá que a acompanha pedindo justiça por Flávia.
RELEMBRE
Flávia desapareceu na madrugada de 15 de abril de 2024, após sair de um bar no Núcleo Nova Marabá, em Marabá. Ela foi vista pela última vez entrando no carro de Will, seu colega de profissão. Familiares da vítima afirmam que o tatuador mantinha uma obsessão não correspondida pela jovem.
O desaparecimento foi registrado dois dias depois, em 17 de abril, e a Polícia Civil iniciou as investigações. Em 25 de abril, foi deflagrada a Operação Anástasis, com apoio dos núcleos de investigação de Marabá e Tucuruí. No mesmo dia, Willian e a esposa, Deidyelle de Oliveira Alves, foram presos.
A identificação dos suspeitos foi possível graças à análise de imagens de câmeras de segurança, perícias no veículo utilizado por Will e outros recursos técnicos.
Ainda na noite de 25 de abril, o corpo de Flávia foi localizado em uma cova rasa, na zona rural entre Jacundá e Nova Ipixuna, a cerca de 100 km de Marabá. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a jovem foi morta por estrangulamento.
