O número de policiais e militares eleitos para o Legislativo pulou de 18 para 73 na comparação dos resultados das eleições de 2014 e 2018, segundo levantamento do G1, com base nos dados do TSE. Isso significa que os policiais e militares eleitos neste ano é quatro vezes maior do que as últimas eleições. Eles foram eleitos para as Assembleias, para a Câmara dos Deputados e para o Senado.
O levantamento leva em conta todos os candidatos que, no pedido de registro de candidatura, declaram seguir uma dessas profissões:
- bombeiro militar;
- policial civil;
- policial militar;
- militar reformado;
- membro das forças armadas.
Por isso, o senador Major Olimpio (PSL-SP), por exemplo, não foi considerado nesse levantamento. No registro informado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o senador indicou que a sua ocupação era “deputado”.
Leia mais:Dos 73 policiais e militares eleitos neste ano, 43 (ou 58,9%) estão filiados ao PSL, partido do candidato a presidente Jair Bolsonaro. Entre eles estão Helio Negão, deputado federal mais bem votado no Rio de Janeiro, e Tenente Coronel Zucco, eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul.
Depois do PSL, os partidos PP, PR e Rede tiveram mais policiais e miliares eleitos. PP registrou 6 políticos que informam ser policiais ou militares. PR e Rede têm 3 cada.
Nas eleições de 2014, o maior número de políticos policiais e militares foi eleito pelo PR. Naquele ano, foram 3. Os seguintes partidos registraram dois eleitos com aquela autodeclaração: PP, PT e PTB.
Por cargo
Desde 2002, dentre os policiais e militares eleitos, a maior parte ocupa uma vaga nas Assembleias Legislativas e na Câmara Distrital. Uma novidade das eleições de 2018 é a vitória de três senadores: Fabiano Contarato (ES), Capitão Styvenson (RN) e Delegado Alessandro Vieira (SE). Os três são da Rede.
Os candidatos por categoria
Até 1998, a lista de ocupações disponibilizada pelo TSE era diferente da atual. Esses candidatos eram incluídos todos aqueles que declaravam como ocupação “militar em geral”, “militar reformado” ou “oficial das forças armadas e forças auxiliares”.
Naquele ano, das 14.760 candidaturas deferidas, 482 eram de candidatos que declaravam uma das três ocupações acima. Foram eleitos 18 deles, 14 estaduais, 1 distrital e 3 federais.
A partir de 2002, a lista foi modificada, incluindo as cinco categorias que são usadas até hoje. (Fonte:G1)