A Polícia Federal atualizou na tarde desta quarta (28) os resultados da “Operação 1200”, desencadeada pela manhã em Ourilândia do Norte, no sul do Pará. Até o momento, foram fechadas 13 frentes de garimpos de ouro clandestinas e cinco pessoas foram presas em flagrante.
Além disso, foram apreendidas 17 escavadeiras hidráulicas, motores de sucção, apetrechos de garimpo, mercúrio, ouro, armas, munições e documentos contendo dados sobre a contabilidade das atividades. Também foram encontrados diversos trabalhadores em condição degradante de trabalho.
A ação, comandada pela Polícia Federal de Redenção, combate crimes ambientais, extração ilegal de minérios e trabalho escravo na zona rural do município. Ao todo, há 26 mandados de busca e apreensão para serem cumpridos.
Leia mais:A ação conta com a participação de mais de 100 agentes e apoio do Comando de Operações Táticas (COT), grupo de elite da Polícia Federal, de um helicóptero, de dois procuradores do Ministério Público do Trabalho e de um procurador da República.
Conforme a assessoria de comunicação da PF, desde o início de 2019, a área da Fazenda 1200, onde a operação ocorre, e áreas da União no entorno estão sendo exploradas ilegalmente por garimpeiros.
A atividade representa risco à saúde dos trabalhadores pelo uso indiscriminado de mercúrio, causa desmatamento, polui leitos de rios e causa danos irreparáveis à fauna e flora do local atingido. Além do impacto ambiental, o município de Ourilândia do Norte teve o sistema de abastecimento de água comprometido, em razão da poluição do Rio Águas Claras.
O projeto de captação de águas é uma parceria firmada entre a FUNASA e o município, no valor aproximado de R$ 24 milhões e encontra-se paralisado. O dano ambiental será quantificado, posteriormente, pela Perícia da Polícia Federal. A operação continua ao longo do dia. (com informações da PF)