Correio de Carajás

Número de aprovados no Enem para Pessoas Privadas de Liberdade cresce 108%

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), a edição Enem PPL 2022 aprovou 464 custodiados; a anterior, 223 pessoas.

Mulheres nternas fizeram prova do Enem, no Pará. — Foto: Uchoa Silva / NCS Seap

Cresceu em 108% o número de internos aprovados no Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL 2022) em relação a 2021. Os dados, da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), apontam que na última edição, de 2022, foram aprovados 464 custodiados, enquanto na edição anterior foram 223.

Segundo a Seap, as notas da redação estavam entre 960, 920 e 900 pontos. O tema de 2022 abordou as “Medidas para o enfrentamento da recorrência da insegurança alimentar no Brasil”.

  • O Centro de Recuperação Coronel Anastácio das Neves (CRCAN), no Complexo de Americano, em Santa Izabel do Pará, na Região Metropolitana de Belém – 51 internos;
  • A Cadeia Pública de Marabá (CPM), no sudeste do estado – 40 internos;
  • O Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I) em Marituba, também na Grande Belém – 27 internos.

 

Internos durante aplicação da prova do Enem, no Pará. — Foto: Uchoa Silva / NCS Seap
Internos durante aplicação da prova do Enem, no Pará. — Foto: Uchoa Silva / NCS Seap

Os números fazem parte do trabalho de reinserção social, promovido pela Seap, a partir da educação prisional. O diretor do setor de Reinserção Social, Belchior Machado, comemorou o resultado.

“Isso demonstra que o trabalho que vem sendo feito está pautado na reinserção como ferramenta de transformação social, contribuindo com a elevação dos índices educacionais no estado, transformando vidas, construindo um caminho de paz”, destacou o gestor.

 

A coordenadora de Educação Prisional da Seap, Patrícia Sales, pontuou que o próximo passo é tentar uma vaga com a nota dos internos no Prouni e no Sisu.

Para 2023, o diretor Belchior Machado reiterou que o objetivo é aumentar o número de pessoas privadas de liberdade em atividades de ensino regular, com mais salas e equipamentos para o ensino superior a distância.

As novas metas prospectam um crescimento quantitativo e qualitativo ainda para 2023, com o aumento do total de pessoas aptas para disputar uma vaga no ensino superior, já que a educação à distância permite envolver mais internos, como alegou a Seap.

(Fonte:G1)