Correio de Carajás

Novo golpe do cartão: cibercriminosos agora desativam ‘notificação’ de compra

Os cibercriminosos estão aplicado golpes de cartão de crédito cada vez mais sofisticados. A novidade é que agora eles estão atacando as ferramentas de proteção que foram criadas para verificar a autenticidade das transações.

Segundo a NS Prevention, especializada em inteligência e contrainteligência cibernética, os bandidos estão removendo as proteções de autenticação das transações, como o envio de SMS e push avisando sobre compras realizadas com cartão.

“Sabe aquele SMS ou push que o banco envia para avisá-lo a respeito de uma compra? É justamente esse serviço que os atacantes têm concentrado esforços para burlar”, explica Adriano Vallim, diretor de inteligência cibernética do Grupo New Space.

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O que os bandidos ganham com isso? Mais tempo para realizar transações fraudulentas no cartão da vítima, que não será avisada daquelas movimentações.

Como as notificações são desativadas? A New Space diz que os bandidos se fazem passar pelas vítimas e desativam essas notificações nos canais de atendimento dos bancos. Informações pra isso não faltam, já que vários dados já foram vazados.

“Hoje em dia é muito fácil você conseguir o nome completo, endereço, CPF, e-mail, entre outros dados necessários para que o fraudador possa validar que é a vítima e ludibrie as instituições financeiras”, afirma Vallim.

E como os bandidos usam o cartão da vítima? Normalmente em compras online, pagamento de conta ou serviço, desvio dos recursos, contratação de crédito. Quando o bandido acessa esses dados, tem pouco tempo para realizar essas ações. Se desativar as notificações, seu tempo aumenta um pouco.

Como é esse golpe? O golpe se chama ‘remoção do anjo’.  Numa investigação de rotina, a New Space descobriu o termo junto a uma oferta de credenciais de cartão de crédito. Após interagir com o fraudador, descobriu alguns detalhes do golpe.

“Apenas a venda das credenciais já não está mais sendo rentável e relevante no mercado, por isso que temos notado cada vez mais ofertas conjuntas e algumas até com ‘grupo de referência’, ou seja, um local em que ‘os seus clientes’ atestam que os produtos ilícitos que foram comercializados deram certo.”, diz Vallim.

(Fonte: 6minutos/UOL)