Correio de Carajás

Novas Unidades de Conservação podem preservar 619 lagos

A constituição de uma Unidade de Conservação é fundamental na crise hídrica/ Foto: Divulgação

A Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM) está tocando um audacioso projeto: a criação de duas Unidades de Conservação (UC). Com a criação dessas unidades, serão preservados nada menos de 619 lagos, que já foram catalogados pelo grupo de trabalho que reúne profissionais da Casa da Cultura e também da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), parceira do projeto.

As novas unidades são a UC do Paleocanal do Rio Tocantins, em Marabá; e a UC Bico do Papagaio, localizada na região na tríplice fronteira entre Pará, Maranhão e Tocantins.

O coordenador do Núcleo de Geologia da Casa da Cultura, Pablo Santos, explica que a constituição de uma Unidade de Conservação é fundamental neste momento de crise hídrica. “As unidades que nós estamos propondo vão proteger a biodiversidade como um todo, mas vão proteger principalmente os lagos, que são recursos hídricos que estão ficando escassos na nossa Amazônia”, explica.

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Ainda de acordo com o geólogo, os lagos da região são os principais berçários de peixes, o que garante o reabastecimento de pescado no Rio Tocantins, principal curso d’água da região. “Isso demonstra a riqueza de fauna que esses lagos ainda têm”, argumenta.

A ideia da criação de Unidades de Conservação surgiu ainda em 1974, por meio do Projeto Radam, do Governo Federal. Dez anos depois, em 1984, a Fundação Casa da Cultura abraçou o projeto; e em 2023 recebeu o apoio da Unifesspa, criando um grupo de trabalho das duas instituições para levar o projeto adiante. Em agosto o projeto foi apresentado em Brasília (DF) e agora a decisão de criar as UCs está nas mãos do ICM-Bio.

(Chagas Filho)