Correio de Carajás

Nova variante de Covid-19 é monitorada: veja tudo que você precisa saber

A Organização Mundial da Saúde (OMS) designou a NB.1.8.1 como uma variante de SARS-CoV-2 sob monitoramento, mas avalia o risco dessa cepa como baixo

Nova variante da covid-19 está sendo mobitorada, mas representa baixo risco (Getty Images)

Uma nova variante do vírus causador de Covid-19 (SARS-CoV-2) está sob o monitoramento da Organização Mundial da Saúde (OMS). Chamada de NB.1.8.1, ela está aumentando globalmente, enquanto o vírus LP.8.1 está reduzindo. Foi detectada primeiramente na China em janeiro e tem tido mais casos na região do Pacífico Ocidental.

No entanto, de acordo com a Avaliação de Risco liberada pela OMS na última sexta-feira (23), o risco global dessa variante é baixo e as vacinas contra a Covid-19 atualmente aprovadas devem permanecer eficazes contra essa variante para doenças sintomáticas e graves.

Apesar de haver um aumento simultâneo de casos e hospitalizações em alguns países onde a NB.1.8.1 está disseminada, os dados atuais não indicam que essa variante leve a uma doença mais grave do que outras variantes em circulação.

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O que é essa nova variante da Covid-19?

De acordo com a OMS, a NB.1.8.1 é uma variante derivada da recombinante XDV.1.5.1, com a amostra mais antiga coletada em 22 de janeiro de 2025. Em comparação com a variante atualmente dominante, LP.8.1, a nova mutação possui mutações adicionais na proteína Spike. Mutações na proteína Spike na posição 445 podem aumentar a transmissibilidade, e mutações nas posições 435 e 478 podem reduzir a potência de neutralização de anticorpos e aumentar a evasão de anticorpos, respectivamente.

Qual risco essa variante representa hoje?

Ainda de acordo com a OMS, a NB.1.8.1 está crescendo rapidamente em comparação com as outras variantes existentes. No entanto, a NB.1.8.1 exibe apenas uma evasão imunológica adicional marginal em relação à LP.8.1. Embora haja relatos de aumento de casos e hospitalizações em alguns países da região do Pacífico Ocidental, que apresenta a maior proporção da nova variante, não há relatos que sugiram que a gravidade da doença associada seja maior em comparação com outras variantes circulantes. As evidências disponíveis sobre essa mutação não sugerem riscos adicionais para a saúde pública em relação às outras linhagens descendentes de Omicron atualmente em circulação.

O quanto essa variante está disseminada?

Embora ainda em números baixos, conforme relatório da OMS, houve um aumento significativo na prevalência da NB.1.8.1. Em 18 de maio de 2025, havia 518 sequências desta variante submetidas ao GISAID de 22 países, representando 10,7% das sequências globalmente disponíveis na semana epidemiológica 17 de 2025 (21 a 27 de abril de 2025). Isso é um aumento significativo em relação aos 2,5% de quatro semanas antes.

A detecção da nova mutação está aumentando em vários países da região do Pacífico Ocidental que estão experimentando concomitantemente um aumento nos casos e hospitalizações relacionados ao SARS-CoV-2. No entanto, os dados de vigilância clínica de rotina não indicam quaisquer sinais de aumento da gravidade associada à NB.1.8.1, em comparação com as variantes que circulavam anteriormente. Atualmente, não há evidências de aumentos em indicadores como internações em UTIs relacionadas à Covid-19 e mortes por hospitalizações, ou mortalidade por todas as causas.

(Fonte: CNN Brasil/Nathalie Ayres)