No próximo dia 1º de novembro, Dia Mundial do Veganismo, data importante para as pessoas que optaram em não consumir qualquer produto de origem animal, a nutricionista Débora Souza Lima, que atua pela Pró-Saúde no Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, esclarece dúvidas sobre o assunto, e dá dicas importantes para quem deseja adotar esse tipo de cardápio.
“Na alimentação vegana são consumidos vegetais, frutas, grãos, legumes, sementes e quaisquer outros alimentos que não tenham origem animal. Diferentemente dos vegetarianos, em que há consumo de produtos de origem animal, como ovos e leite”, explica Lima.
Uma diferença importante do veganismo em relação ao vegetarianismo é que a restrição vai além da alimentação, englobando qualquer produto de origem animal ou testado em animais, como couro e cosméticos, por exemplo. Segundo levantamento encomendado pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), o país já possui cerca de 7 milhões de veganos.
Leia mais:A nutricionista destaca que para um melhor aproveitamento da alimentação vegana, o ideal é que cada indivíduo possua um plano alimentar específico para as suas necessidades, minimizando riscos à saúde relacionados a restrições na dieta.
“O ferro e a vitamina B12 são importantes nutrientes que contribuem na formação dos neurônios e tem importante atuação no sangue e no metabolismo. Eles estão presentes em maior quantidade em alimentos de origem animal, mas na alimentação vegana podem ser repostos mediante o consumo maior de leguminosas, como o feijão, lentilha, grão de bico, soja, ervilha, dentre outros”, ressalta.
A profissional aponta que muitos estudos destacam os benefícios da alimentação vegana, como a prevenção de doenças cardiovasculares, melhora do controle da pressão arterial, do colesterol e das dores e inchaços nas articulações.
“É importante que quem deseja iniciar esse estilo de vida, busque orientações médica e nutricional para obter o máximo de benefícios que esse tipo de dieta pode oferecer”, enfatiza Débora.
Conheça alguns alimentos que podem substituir os de origem animal nas refeições:
Saladas: Consuma saladas verdes, em especial com rúcula, couve, espinafre, salsa, cebolinha, entre outros. As folhas verde escuras são ricas em nutrientes e evitam quadros de anemia. É interessante pingar gotas de limão, que ajudam na melhor absorção do ferro.
Leites: O leite animal pode ser substituído por leites vegetais, como leite de soja, aveia, arroz, avelã, coco, caju, amêndoas, ou castanhas, que inclusive podem ser preparados em casa.
Cogumelos: Eles combinam com diversas receitas e são fontes riquíssimas de proteínas. Dê preferência aos cogumelos frescos, como shitake e shimeji.
Grãos e sementes: Feijão, gergelim preto e branco, sementes de abóbora, de girassol, chia e quinoa, são poderosos aliados em dietas veganas, já que atuam como fontes de vitaminas do complexo b, aminoácidos e proteína vegetal;
Frutas: São fontes de carboidratos, vitaminas, minerais, antioxidantes e fibras. As que mais se destacam no veganismo são a laranja, abacate, coco, abacaxi, mamão, figo, entre outras.
(Agência Pará)
Texto: Ederson Oliveira/Ascom HRSP