Correio de Carajás

No Dia Mundial do Livro, conheça novo espaço de leitura em Marabá

Estação Cultural com 10 mil livros foi inaugurada neste mês de abril e já recebeu centenas de visitantes, a maioria de escolas públicas

A nova Estação Cultural foi inaugurada este mês e já recebeu centenas de visitantes/ Fotos: Evangelista Rocha

O Dia Mundial do Livro é comemorado nesta quarta-feira, 23 de abril. A data foi escolhida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) para celebrar o livro, incentivar a leitura, homenagear autores e refletir sobre seus direitos legais.

A celebração também ressalta a importância da leitura no aprimoramento de conhecimentos diversos, principalmente no estímulo à leitura de crianças. Seja em casa ou na sala de aula, o livro é capaz de aguçar a curiosidade e trabalhar a imaginação.

Crianças também encontram na estação um espaço para desenho e pintura

E foi com esse objetivo, de fomentar a leitura e a escrita, e disponibilizar oficinas de iniciação artística, que Marabá ganhou, no dia do seu aniversário, 5 de abril, a Estação Cultural, localizada no Núcleo Nova Marabá.  O espaço de cultura abriga uma biblioteca, com mais de 10 mil livros, além de um auditório, um pequeno cinema e computadores com acesso livre à internet. Desde sua inauguração, o local tem recebido crianças, estudantes e visitantes que buscam uma boa leitura, além de um espaço interativo e acolhedor.

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Livros, pinturas, contação de histórias e internet, tudo está disponível para quem visita a Estação Cultural. E foi assim, nesse cenário de interatividade, em meio aos livros, que o CORREIO conheceu o espaço.

Com uma diversidade enorme de obras de contos, literatura amazônica, livros infantis, clássicos e literatura marabaense, a diretora da Escola Martinho Mota da Silveira, Cristina Arcanjo, estava no local levando alguns alunos para conhecerem a biblioteca da Estação Cultural.

Cristina Arcanjo, diretora do Martinho Mota, avisa que vai levar muitos alunos ao novo espaço de leitura

Para ela, o espaço é muito importante para o desenvolvimento da cultura local entre as crianças e jovens do município. “Aqui a gente encontra a literatura paraense e de autores amazônidas. Então, isso tem uma importância muito grande, além de ser um espaço onde os estudantes podem vir fazer pesquisas, o que tem contribuído bastante. Nós ficamos super felizes porque a Estação fica bem pertinho da escola, então seremos umas das escolas que mais estarão aqui. Já trouxemos vários alunos, já temos turmas agendadas e agora vamos trazer os alunos da Educação de Jovens e Adultos. Ao longo do nosso trabalho vamos trazê-los para vários experiências diferentes”, conta.

Outro ponto levantado pela gestora escolar é que os alunos já estão reconhecendo a biblioteca como um espaço público, se apropriando do local e fazendo visitas por iniciativa própria.

Além de 10 mil livros, a Estação Cultural oferece computadores com acesso à internet

“A gente percebe que as crianças e jovens hoje em dia só querem saber de celular, de tablet. Então, esse equipamento cheio de livros, traz um novo olhar para essa geração. No cenário educacional a gente percebe um certo distanciamento das crianças com os livros que não sejam aqueles que a gente leva pra sala de aula, didaticamente para lerem na escola. Ter esse espaço livremente, para eles selecionarem o que querem ler, entendendo como um lugar de descontração, de diversão e de cultura, isso é muito importante”, avalia.

Durante a tarde, no contraturno da escola, as amigas Fayt Daff e Emanuelly Maria aproveitaram para ir novamente à biblioteca para fazer pesquisas no computador e nos livros.

Para Emanuelly, todo mundo deveria conhecer a Estação Cultural e ver a riqueza de livros que o local possui. “Gosto muito daqui, há muitos livros diferentes e todo mundo deveria conhecer”, sintetiza.

Já a amiga Fayt diz que prefere aproveitar o computador. “No livro a gente tem muito conhecimento, mas no computador a gente faz pesquisa de todos os assuntos. E eu gosto de vir pra cá fazer pesquisas de assuntos específicos”, conclui.

De acordo com o coordenador da Estação Cultural, Thyago Ferraz, o local é um espaço de cultura, de lazer, de entretenimento e de pesquisa. E o objetivo é justamente fazer com que a criança e o jovem tenham um maior interesse pela leitura.

Thyago Ferraz: “Esse é um espaço público disponível para a comunidade marabaense”

“As diretoras de escolas estão vindo conhecer o espaço. As crianças estão aqui no contraturno das aulas para fazer pesquisas no computador e a comunidade que passa, vê a movimentação e dá uma paradinha para matar a curiosidade. Esse é um espaço público, feito para a comunidade marabaense”, explica Thyago, ressaltando que é possível realizar o empréstimo de qualquer livro por vinte dias.

Pela segunda vez visitando a biblioteca, Artur Santos, morador da Folha 28, conta que Estação é muito acolhedora. “É um local importante para os estudantes e para as escolas visitarem. Aqui a gente conhece mais da Amazônica e do nosso Estado. Vim pra cá hoje pra ler alguns livros, ficar aqui, sair de casa e estar num local legal, climatizado e usar o computador”, justifica o estudante do 1º ano do ensino médio da Escola Oneide de Sousa Tavares.

Artur Santos: Essa estação é muito acolhedora e um local importante para os estudantes visitarem”

Incentivar a leitura desde a infância é investir em um futuro mais justo e inteligente. Crianças que leem se tornam adultos mais informados, engajados e com maior capacidade de transformar a realidade em que vivem.

Cultivar o hábito da leitura nas crianças não é apenas uma atividade, mas sim um ato fundamental na construção de uma sociedade leitora e preparada.   (Ana Mangas)

A Estação fica localizada ao lado do campo do Piçarrão, na VP-8

SERVIÇO

O quê: Estação Cultural

Onde fica: Ao lado do Campo Piçarrão, na VP-8

Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira: das 8h às 21h

Quanto custa: acesso grátis (corre lá)