Correio de Carajás

Nível do Rio Parauapebas recua, mas situação ainda é preocupante

Na manhã desta segunda-feira, 12, voltou a chover forte em Parauapebas e redobrou a atenção da Defesa Civil para as áreas atingidas pela enchente do Rio Parauapebas. No fim de semana, o volume de chuva reduziu e o nível do rio baixou mais de 1 metro, estando hoje em torno de 12 metros.

A gravidade da situação em Parauapebas e outros municípios da região mobilizou também o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, que nesta segunda-feira está percorrendo as áreas afetadas. Em Parauapebas, a visita do ministro estava marcada para as 15 horas.

Até agora, segundo a Defesa Civil, 1.500 famílias foram retiradas de suas casas e no total a enchente atingiu 9 mil pessoas, afetando uma área de 17 quilômetros na área urbana. No sábado, o volume do rio chegou a atingir 13 metros e 11 centímetros, o que levou prefeito Darci Lermen a decretar, no final da tarde, situação de emergência, possibilitando ao município a dispensa dos trâmites legais para uso de recursos públicos para socorrer os desabrigados.

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Segundo o secretário municipal de Segurança Institucional, Wanterlor Bandeira, a situação ainda é preocupante, porque as previsões da meteorologia são de mais chuvas para a região, o que deve elevar novamente o nível do rio. Por conta disso, ele pede aos moradores das áreas afetadas a não voltarem as suas casas por enquanto, mesmo que a rua já tenha secado, porque há o risco de serem novamente desabrigados. “Fiquem no abrigo ou para onde tenham ido, até que haja segurança que o rio não vai mais encher”, pede Bandeira.

#ANUNCIO

Ele observa que é importante, antes das famílias retornarem às áreas que foram alagadas, realizar uma higienização desses locais, para evitar doenças infecto-contagiosas. O secretário também aconselha as pessoas a evitarem o contato com a água, principalmente crianças, porque podem ser acometidas de enfermidades, como doenças de pele e leptospirose, devido a contaminação por lixo e urina de rato.

Segundo ele, até a manhã de hoje havia 16 famílias no abrigo montado pela prefeitura em um galpão no Bairro Cidade Jardim. No fim de semana, o local chegou a abrigar 26 famílias, mas assim que a água baixou boa parte voltou para casa.

No abrigo da prefeitura, Maria Vânia diz que perdeu tudo o que tinha, porque a água subiu muito rápido. Ela mora na Rua Lima Sodré, no bairro Liberdade II, e não sabe como vai encontrar a casa dela quando o rio secar.

“Disseram que a água atingiu o telhado. Se isso for verdade, não vou encontrar nada quando voltar”, lamenta, dizendo que perdeu até a criação de galinha que tinha.

“Foi rápido que a água subiu, que não deu para pegar as aves. Só escutei o grito delas sendo levadas pela correnteza”, lembra.

Além da área urbana, a enchente também afeta diversas localidades na zona rural. Há áreas que estão completamente isoladas, porque pontes foram levadas pela enchente ou a água cortou os acessos.

SOLIDARIEDADE

Desde a semana passada que muita gente se uniu à corrente de solidariedade para ajudar as vítimas da enchente. Doações estão sendo levadas a toda hora à sede da Secretaria Municipal de Segurança Institucional, onde fica também a Defesa Civil Municipal. As doações, como roupas, calçados, colchões e alimentos estão sendo separadas por voluntários de diversas ONGs e igrejas, sob coordenação do Programa de Voluntários da Vale, e depois levados aos desabrigados que estão no cadastro da Defesa Civil.

Segundo Wanterlor Bandeira, a solidariedade do povo de Parauapebas está sendo grande e mostra que o trabalho que está sendo feito pela Defesa Civil está aprovado pela comunidade. “A gente fica feliz de ver essa participação da população, que atendeu ao nosso pedido, quando pedimos ajuda para socorrer quem está precisando”, ressalta o secretário.

Segundo Viviane Barros, do Programa de Voluntários Vale, desde sexta-feira que as doações começaram a chegar à Defesa Civil. Eles vão primeiro até as áreas e verificam a situação de cada família e, com base no que estão necessitando, encaminham as doações.

“A gente faz a triagem e separa as doações. A maior necessidade tem sido de alimento, porque muita gente perdeu tudo o que tinha. Então, quem quiser doar, estamos aqui para receber e levar para as famílias necessitadas”, diz ela. (Tina Santos)   

 

Fotos: Tina Santos

Na manhã desta segunda-feira, 12, voltou a chover forte em Parauapebas e redobrou a atenção da Defesa Civil para as áreas atingidas pela enchente do Rio Parauapebas. No fim de semana, o volume de chuva reduziu e o nível do rio baixou mais de 1 metro, estando hoje em torno de 12 metros.

A gravidade da situação em Parauapebas e outros municípios da região mobilizou também o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, que nesta segunda-feira está percorrendo as áreas afetadas. Em Parauapebas, a visita do ministro estava marcada para as 15 horas.

Até agora, segundo a Defesa Civil, 1.500 famílias foram retiradas de suas casas e no total a enchente atingiu 9 mil pessoas, afetando uma área de 17 quilômetros na área urbana. No sábado, o volume do rio chegou a atingir 13 metros e 11 centímetros, o que levou prefeito Darci Lermen a decretar, no final da tarde, situação de emergência, possibilitando ao município a dispensa dos trâmites legais para uso de recursos públicos para socorrer os desabrigados.

Segundo o secretário municipal de Segurança Institucional, Wanterlor Bandeira, a situação ainda é preocupante, porque as previsões da meteorologia são de mais chuvas para a região, o que deve elevar novamente o nível do rio. Por conta disso, ele pede aos moradores das áreas afetadas a não voltarem as suas casas por enquanto, mesmo que a rua já tenha secado, porque há o risco de serem novamente desabrigados. “Fiquem no abrigo ou para onde tenham ido, até que haja segurança que o rio não vai mais encher”, pede Bandeira.

#ANUNCIO

Ele observa que é importante, antes das famílias retornarem às áreas que foram alagadas, realizar uma higienização desses locais, para evitar doenças infecto-contagiosas. O secretário também aconselha as pessoas a evitarem o contato com a água, principalmente crianças, porque podem ser acometidas de enfermidades, como doenças de pele e leptospirose, devido a contaminação por lixo e urina de rato.

Segundo ele, até a manhã de hoje havia 16 famílias no abrigo montado pela prefeitura em um galpão no Bairro Cidade Jardim. No fim de semana, o local chegou a abrigar 26 famílias, mas assim que a água baixou boa parte voltou para casa.

No abrigo da prefeitura, Maria Vânia diz que perdeu tudo o que tinha, porque a água subiu muito rápido. Ela mora na Rua Lima Sodré, no bairro Liberdade II, e não sabe como vai encontrar a casa dela quando o rio secar.

“Disseram que a água atingiu o telhado. Se isso for verdade, não vou encontrar nada quando voltar”, lamenta, dizendo que perdeu até a criação de galinha que tinha.

“Foi rápido que a água subiu, que não deu para pegar as aves. Só escutei o grito delas sendo levadas pela correnteza”, lembra.

Além da área urbana, a enchente também afeta diversas localidades na zona rural. Há áreas que estão completamente isoladas, porque pontes foram levadas pela enchente ou a água cortou os acessos.

SOLIDARIEDADE

Desde a semana passada que muita gente se uniu à corrente de solidariedade para ajudar as vítimas da enchente. Doações estão sendo levadas a toda hora à sede da Secretaria Municipal de Segurança Institucional, onde fica também a Defesa Civil Municipal. As doações, como roupas, calçados, colchões e alimentos estão sendo separadas por voluntários de diversas ONGs e igrejas, sob coordenação do Programa de Voluntários da Vale, e depois levados aos desabrigados que estão no cadastro da Defesa Civil.

Segundo Wanterlor Bandeira, a solidariedade do povo de Parauapebas está sendo grande e mostra que o trabalho que está sendo feito pela Defesa Civil está aprovado pela comunidade. “A gente fica feliz de ver essa participação da população, que atendeu ao nosso pedido, quando pedimos ajuda para socorrer quem está precisando”, ressalta o secretário.

Segundo Viviane Barros, do Programa de Voluntários Vale, desde sexta-feira que as doações começaram a chegar à Defesa Civil. Eles vão primeiro até as áreas e verificam a situação de cada família e, com base no que estão necessitando, encaminham as doações.

“A gente faz a triagem e separa as doações. A maior necessidade tem sido de alimento, porque muita gente perdeu tudo o que tinha. Então, quem quiser doar, estamos aqui para receber e levar para as famílias necessitadas”, diz ela. (Tina Santos)   

 

Fotos: Tina Santos