Há 42 anos, a Câmara Municipal de Marabá declarou, oficialmente, São Félix de Valois como padroeiro de Marabá. Com o ato, o dia 20 de novembro (data em que o santo faleceu) tornou-se um feriado municipal conhecido popularmente como “feriado de São Félix de Valois”.
Atualmente, a festa litúrgica celebrada em devoção ao santo é voltada para o fortalecimento da imagem de São Félix como padroeiro de toda a cidade, e não apenas do núcleo Marabá Pioneira ou da paróquia que leva seu nome.
Para isso, é preparada uma programação completa, que celebra a fé, a tradição e a união da comunidade católica e dos devotos do padroeiro. Este ano, o festejo iniciou no dia 10 de novembro e encerra no dia 20. Ao longo desse período, os fiéis participaram da santa missa, novenas e das chamadas “noites sociais”, regadas a comidas típicas, leilões e muita alegria.
Leia mais:Nesta quarta-feira (20), Dia de São Félix de Valois, a programação inicia logo cedo, com a tradicional corrida de rua. A 14ª edição da prova terá sua largada e chegada em frente à Igreja. Os corredores inscritos irão desbravar algumas ruas da Marabá Pioneira em um percurso de sete quilômetros.
Logo mais à noite, a partir das 19h30, acontece a Santa Missa e, na sequência, os fiéis e toda a população marabaense estão convidados para a última noite de festejo.
HISTÓRIA
Na década de 1920, Francisco Acácio de Figueiredo prometeu a Nossa Senhora de Nazaré que construiria uma igreja no local onde se estabelecesse. Morando em Marabá, em 1922, ele honrou o compromisso com Nazinha e ergueu uma capela onde hoje é a Toca do Manduquinha.
Após escolher o santo que seria padroeiro do santuário, Francisco Acácio encomendou, de Portugal, uma imagem de São Félix, mas faleceu antes que a peça chegasse às suas mãos. A imagem original permanece na Igreja até hoje.
A comunidade do outro lado do rio, onde a estátua ficou temporariamente, ficou tão apegada a ela que decidiu adotar seu nome, originando o núcleo São Félix.
Devido às constantes enchentes, a pequena igreja precisou ser reconstruída várias vezes. Até que, em 1926, após ser destruída pela grande cheia, ela foi refeita no local atual. Em 1993, a Igreja foi tombada como patrimônio cultural de Marabá. (Luciana Araújo)