Se algum marabaense ainda não tinha saído de casa nos dias anteriores, parece ter reservado o fôlego para pular o Carnaval no último dia da festa, seguindo o Bloco Gaiola das Loucas pelas ruas da Cidade Nova. Desde às 16 horas de terça-feira (13), feriado, a aglomeração de pessoas só aumentou ao longo da Avenida Tocantins chegando aos milhares de brincantes no início da noite, próximo à Praça do Novo Horizonte. A chuva forte que caiu por volta das 19 horas não foi suficiente para acabar com a folia. Pelo contrário, tornar foi o clima que era de calor até aquele momento mais agradável.
O Bloco fez o seu giro tradicional de quase três quilômetros pela Cidade Nova, atrás de um caminhão que carregava uma gaiola gigante com homens travestidos, marca registrada do bloco. A caminhada encerrou às 18 horas, com a chegada dos foliões à praça, subindo a Av. Tocantins. Pelo menos 5 quadras estavam ocupadas por brincantes que tinham dificuldade em chegar perto do palco, montando na esquina do Sesi. Com isso, outros seis pontos com som mecânico, instalado em carros, ajudaram a animar os brincantes com ritmos como funk, remix, entre outros.
Desfilando pela 35ª vez, o bloco é coordenado há 21 anos por Pedro Sousa, que já prevê mudanças para o carnaval no próximo ano. “Montamos o palco em frente ao Sesi, só que o nosso público está cada vez maior, e muita gente fica desassistida de som. No próximo ano, teremos que colocar palco em dois pontos ou fazer uma estrutura ainda maior”, comenta.
Leia mais:O sucesso do bloco junto aos brincantes é inegável. Horas antes, dezenas de pessoas começaram a chegar de vários pontos da cidade até que uma multidão tomou conta das ruas em torno da Praça do Novo Horizonte. De acordo com a organização do bloco, cerca de 20 mil pessoas caíram na folia. “Superamos nossa expectativa de público este ano. Tivemos um aumento de 40% em relação ao ano passado”, comemora Pedro.
O Carnaval das sereias e unicórnios também deu lugar a fantasias com frases inusitadas em placas, adereços e camisas. Com baixo custo e muita criatividade, os foliões apostaram no bom humor. Alguns investiram na ideia de plaquinhas amorosas e outros estampavam frases enaltecendo a cerveja, sempre chamando a atenção de quem passava.
No carnaval da inclusão e da quebra de tabus, o que não faltou foram mulheres e homens trocando de papel, eles travestidos com roupas femininas e exageradamente maquiados, enquanto elas usavam trajes masculinos e se pintavam imitando barbas e bigodes. Por onde passavam, as pessoas elogiavam os figurinos, adereços e trejeitos com que eles se comportavam, aproveitando o trajeto do desfile para tirar uma selfie.
Vale registrar que a festa do Gaiola das Loucas este ano terminou como começou: sem incidentes ou ocorrências graves. “Este ano, nosso carnaval foi de paz. Parte disso, creditamos aos órgãos de segurança. Mas também aos nossos brincantes que cada vez mais procuram se divertir sob a cultura do respeito mútuo”, finaliza Pedro Sousa.
Vai Quem Quer realiza futebol da ressaca um dia após o desfile
Um dia após o desfile, já virou tradição o futebol dos foliões do Vai Quem Quer. A partida em que os homens jogam vestidos de mulher acontece no Campo do Piçarrão, na VP8, Nova Marabá, e marca o encerramento da folia do bloco.
Lautino Paiva acompanhou novamente o bloco e já participa do futebol há mais ou menos 5 anos. Ele conta que dessa vez decidiu se fantasiar de abelha. “A cada ano, gosto de investir mais na minha fantasia do futebol para vir brincar aqui com os amigos”, diz.
Para Marinho Silva, coordenador do bloco, o jogo celebra o sucesso do dia anterior. Com cerca de 200 pessoas no Campo do Piçarrão, entre torcedores e jogadores, logo após a partida foi servido um caldo aos foliões que participaram ou não da peleja.
Fiscalização
De acordo com o diretor do DMTU, Josenilson Silva, o saldo para os quatro dias de festas em Marabá foi positivo. “Tivemos bons resultados. Todos os blocos de ruas foram acompanhados pelas equipes. Também organizamos o trânsito em todos os percursos. Para isso, contamos com o apoio de 36 agentes, sete viaturas e dois guinchos”, afirma.
Mesmo com o reforço na segurança e fiscalização, foram registrados dois acidentes de trânsito envolvendo motocicletas, um deles com vítima fatal. “Por isso, seja em qualquer período, sempre alertamos os condutores para não dirigem depois de ingerir bebida alcoólica, sempre estar atento as condições do veículo, e usar itens obrigatórios, como cinto de segurança e capacetes”, adverte Josenilson, ressaltando que este ano as ações de segurança só foram mais efetivas devido o trabalho conjunto junto entre DMTU, Guarda Municipal, Policia Militar, Detran, PRF e demais órgãos envolvidos.
Jegue Elétrico promove arrastão da folia no quilômetro sete
A terça-feira (13) também foi de muita folia no tradicional arrastão do Jegue Elétrico que há 14 anos faz a alegria dos moradores do KM-07, na Nova Marabá. Segundo os organizadores, cerca de três mil brincantes – de dentro e de fora da comunidade – participaram da festa.
O bloco surgiu de uma brincadeira dos moradores do bairro, que sempre se reuniam para jogar futebol. Com um caminhão “pau-de-arara” rodando pelo bairro, começaram a reunir as famílias e os amigos com marchinhas de Carnaval para animar a população que sentia falta de um carnaval na própria comunidade. “Nossa brincadeira, foi crescendo e a cada ano toma uma proporção cada vez maior”, diz Darcivan Moraes, um dos coordenadores do Jegue Elétrico.
Após percorrer as principais ruas do bairro, o trio elétrico que puxava as marchinhas de carnaval e seguia à frente da multidão, se concentrou uma área próximo a paróquia de São José Operário, onde o público brincou ao som de bandas e djs que animaram a galera até o cair da noite.
(Ana Bortoletto)
Se algum marabaense ainda não tinha saído de casa nos dias anteriores, parece ter reservado o fôlego para pular o Carnaval no último dia da festa, seguindo o Bloco Gaiola das Loucas pelas ruas da Cidade Nova. Desde às 16 horas de terça-feira (13), feriado, a aglomeração de pessoas só aumentou ao longo da Avenida Tocantins chegando aos milhares de brincantes no início da noite, próximo à Praça do Novo Horizonte. A chuva forte que caiu por volta das 19 horas não foi suficiente para acabar com a folia. Pelo contrário, tornar foi o clima que era de calor até aquele momento mais agradável.
O Bloco fez o seu giro tradicional de quase três quilômetros pela Cidade Nova, atrás de um caminhão que carregava uma gaiola gigante com homens travestidos, marca registrada do bloco. A caminhada encerrou às 18 horas, com a chegada dos foliões à praça, subindo a Av. Tocantins. Pelo menos 5 quadras estavam ocupadas por brincantes que tinham dificuldade em chegar perto do palco, montando na esquina do Sesi. Com isso, outros seis pontos com som mecânico, instalado em carros, ajudaram a animar os brincantes com ritmos como funk, remix, entre outros.
Desfilando pela 35ª vez, o bloco é coordenado há 21 anos por Pedro Sousa, que já prevê mudanças para o carnaval no próximo ano. “Montamos o palco em frente ao Sesi, só que o nosso público está cada vez maior, e muita gente fica desassistida de som. No próximo ano, teremos que colocar palco em dois pontos ou fazer uma estrutura ainda maior”, comenta.
O sucesso do bloco junto aos brincantes é inegável. Horas antes, dezenas de pessoas começaram a chegar de vários pontos da cidade até que uma multidão tomou conta das ruas em torno da Praça do Novo Horizonte. De acordo com a organização do bloco, cerca de 20 mil pessoas caíram na folia. “Superamos nossa expectativa de público este ano. Tivemos um aumento de 40% em relação ao ano passado”, comemora Pedro.
O Carnaval das sereias e unicórnios também deu lugar a fantasias com frases inusitadas em placas, adereços e camisas. Com baixo custo e muita criatividade, os foliões apostaram no bom humor. Alguns investiram na ideia de plaquinhas amorosas e outros estampavam frases enaltecendo a cerveja, sempre chamando a atenção de quem passava.
No carnaval da inclusão e da quebra de tabus, o que não faltou foram mulheres e homens trocando de papel, eles travestidos com roupas femininas e exageradamente maquiados, enquanto elas usavam trajes masculinos e se pintavam imitando barbas e bigodes. Por onde passavam, as pessoas elogiavam os figurinos, adereços e trejeitos com que eles se comportavam, aproveitando o trajeto do desfile para tirar uma selfie.
Vale registrar que a festa do Gaiola das Loucas este ano terminou como começou: sem incidentes ou ocorrências graves. “Este ano, nosso carnaval foi de paz. Parte disso, creditamos aos órgãos de segurança. Mas também aos nossos brincantes que cada vez mais procuram se divertir sob a cultura do respeito mútuo”, finaliza Pedro Sousa.
Vai Quem Quer realiza futebol da ressaca um dia após o desfile
Um dia após o desfile, já virou tradição o futebol dos foliões do Vai Quem Quer. A partida em que os homens jogam vestidos de mulher acontece no Campo do Piçarrão, na VP8, Nova Marabá, e marca o encerramento da folia do bloco.
Lautino Paiva acompanhou novamente o bloco e já participa do futebol há mais ou menos 5 anos. Ele conta que dessa vez decidiu se fantasiar de abelha. “A cada ano, gosto de investir mais na minha fantasia do futebol para vir brincar aqui com os amigos”, diz.
Para Marinho Silva, coordenador do bloco, o jogo celebra o sucesso do dia anterior. Com cerca de 200 pessoas no Campo do Piçarrão, entre torcedores e jogadores, logo após a partida foi servido um caldo aos foliões que participaram ou não da peleja.
Fiscalização
De acordo com o diretor do DMTU, Josenilson Silva, o saldo para os quatro dias de festas em Marabá foi positivo. “Tivemos bons resultados. Todos os blocos de ruas foram acompanhados pelas equipes. Também organizamos o trânsito em todos os percursos. Para isso, contamos com o apoio de 36 agentes, sete viaturas e dois guinchos”, afirma.
Mesmo com o reforço na segurança e fiscalização, foram registrados dois acidentes de trânsito envolvendo motocicletas, um deles com vítima fatal. “Por isso, seja em qualquer período, sempre alertamos os condutores para não dirigem depois de ingerir bebida alcoólica, sempre estar atento as condições do veículo, e usar itens obrigatórios, como cinto de segurança e capacetes”, adverte Josenilson, ressaltando que este ano as ações de segurança só foram mais efetivas devido o trabalho conjunto junto entre DMTU, Guarda Municipal, Policia Militar, Detran, PRF e demais órgãos envolvidos.
Jegue Elétrico promove arrastão da folia no quilômetro sete
A terça-feira (13) também foi de muita folia no tradicional arrastão do Jegue Elétrico que há 14 anos faz a alegria dos moradores do KM-07, na Nova Marabá. Segundo os organizadores, cerca de três mil brincantes – de dentro e de fora da comunidade – participaram da festa.
O bloco surgiu de uma brincadeira dos moradores do bairro, que sempre se reuniam para jogar futebol. Com um caminhão “pau-de-arara” rodando pelo bairro, começaram a reunir as famílias e os amigos com marchinhas de Carnaval para animar a população que sentia falta de um carnaval na própria comunidade. “Nossa brincadeira, foi crescendo e a cada ano toma uma proporção cada vez maior”, diz Darcivan Moraes, um dos coordenadores do Jegue Elétrico.
Após percorrer as principais ruas do bairro, o trio elétrico que puxava as marchinhas de carnaval e seguia à frente da multidão, se concentrou uma área próximo a paróquia de São José Operário, onde o público brincou ao som de bandas e djs que animaram a galera até o cair da noite.
(Ana Bortoletto)