Com o aumento dos preços praticados da carne bovina, da gasolina e da energia, o parauapebense terá um final de ano indigesto. A carne desponta como item de maior reajuste em dezembro.
Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, o crescimento do valor da carne bovina foi em média 16%, mas cortes como alcatra e o contrafilé subiram 20%. “Não estou comendo carne vermelha, só frango e peixe, porque um quilo de carne vermelha está muito caro. A última vez que comprei carne foi um quilo de fraldinha por R$24, que é de segunda. A carne de primeira, então, desisti desde a alta dos preços”, conta Sara Sousa.
A alternativa encontrada por Sara foi substituir a carne bovina por peixes. “No valor de R$24, o preço pago por um quilo de carne de segunda, compro dois quilos de peixe, rendendo duas refeições para a minha família”, contabiliza ela.
Leia mais:Mesmo com o anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de que a bandeira tarifária em dezembro é amarela, quando o acréscimo no talão de energia do usuário de R$ 1,34 para cada 100 quilowatt-hora consumidos. Substituindo a bandeira de novembro, a vermelha no patamar I, quando há um acréscimo de R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora consumidos, a conta de energia não agrada o consumidor.
O eletricista Rodrigo da Conceição reclama do valor da conta de energia. “A gente paga a mais do que consome. Se o meu consumo é R$150, pago mais R$150 só de impostos. Tá cara, tá muito cara”, revolta-se Rodrigo com o valor cobrado pela energia.
Na semana passada, Parauapebas teve um novo reajuste no valor da gasolina. Anteriormente, o preço era de R$5,099 por litro e hoje é comercializado por até R$5,18 o litro. Lembrando que Parauapebas ocupou o primeiro lugar no ranking da gasolina mais cara do Estado do Pará, em setembro, dado divulgado pelo escritório regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O mototaxista Sebastião Índio classifica como “absurdo” o valor da gasolina. Para ele, o reajuste interfere diretamente no lucro do trabalho. “Você gasta mais para ganhar menos”, conta. (Theíza Cristhine com informações de Núbia Mara)