A pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) que visa levantar dados do avanço do coronavírus pelo país chegou a Marabá nesta quinta-feira, 14, e deixou diversos moradores desconfiados. Mas não é preciso se preocupar, pois a pesquisa é verdadeira e consiste na realização de uma entrevista com os moradores da casa e realização de teste rápido em um membro da família.
Contratado pelo Ministério da Saúde, o Instituto passará por sete municípios do Pará realizando visitas em casas selecionadas pelo aplicativo desenvolvido para esse levantamento.
Nas visitas, os moradores serão informados sobre o estudo e convidados a realizá-lo, caso aceitem, serão feitas perguntas como a quantidade de membros da casa, quantos trabalham com atividades tidas como essenciais, se há pessoas que fazem parte do grupo de risco, etc.
Leia mais:Após as perguntas, o aplicativo utilizado pelos agentes do Ibope irá sortear um membro da casa para fazer um teste rápido, que consiste na coleta de uma gota de sangue do dedo da pessoa.
O resultado do teste sai em aproximadamente 15 minutos e caso seja positivo, os agentes orientarão que os moradores permaneçam em isolamento domiciliar e os demais membros também serão testados para verificar se também estão infectados.
Os agentes que realizam a visita estão devidamente equipados com óculos de proteção, máscara, roupa de proteção, luvas e o cartão de identificação do estudo, conforme garantiu uma das coordenadoras da pesquisa em Marabá, Rafaela Bezerra. Na cidade, são nove agentes atuando nos diversos bairros existentes.
“Vale lembrar que todos os agentes foram testados antes de iniciar os trabalhos com o estudo, para garantir que não estejam infectados pelo coronavírus. Além disso, eles também são treinados para realizar a entrevista e o teste rápido corretamente”, acrescenta Rafaela.
A meta é que sejam feitas 250 entrevistas em Marabá, porém até o momento só foram realizadas 41. Rafaela explica que o motivo é o receio das pessoas em temer um possível golpe, porém afirma que há meios do morador comprovar se aquele agente atua mesmo no Ibope.
“Todos os agentes são identificados por um crachá do Ibope, que pode ser solicitado pelo morador para conferir. Nele contém: o número da Simetria, o CPF, foto e nome completo do agente. Caso tenha mais dúvidas, o agente pode apresentar o ofício para realização da pesquisa e da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), que está apoiando a pesquisa. E também temos a declaração da Simetria, que autoriza nossa circulação pela cidade”, explica Rafaela.
A pesquisa segue até o sábado, 16, em Marabá e conta com apoio da população para que novas informações sejam levantadas sobre o coronavírus e assim contribua para combatê-lo. O estudo também passará por Belém, Castanhal, Breves, Redenção, Altamira e Santarém. (Zeus Bandeira)