Durante participação na COP30, em Belém, o ator e Embaixador da Boa Vontade do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), Alfonso Herrera, defendeu a integração de pessoas refugiadas e deslocadas forçadas nas políticas públicas dos países que as acolhem. O artista mexicano participou do painel “Balanço Ético Global: Vozes em movimento — reflexões éticas de comunidades deslocadas”, que reuniu especialistas e representantes internacionais para discutir os impactos humanitários das crises climáticas e dos conflitos no mundo.
“Independentemente de onde você vá, se é Uganda, ou é Honduras, ou é El Salvador, ou são deslocados internos no México, as necessidades praticamente são as mesmas: precisam de assistência”, afirmou Alfonso Herrera, destacando que o diálogo sobre a inclusão de refugiados nas políticas públicas precisa ser contínuo. “Uma das grandes razões por que estamos aqui é integrar os refugiados na conversação para que sejam integrados nas políticas públicas dos países de acolhida. Isso é uma conversação que se está fazendo no Brasil, e também está sendo construída no México”, declarou.
O ator ressaltou que, atualmente, 117 milhões de pessoas estão em movimento forçado no mundo, e três quartos delas sofrem diretamente os efeitos das mudanças climáticas, o que, segundo ele, representa uma “dupla vulnerabilidade”. “Tem que seguir dando assistência e acompanhamento não só a curto prazo, mas também a longo prazo”, pontuou. “Se falamos do que está acontecendo na Ucrânia, pode ser que a guerra acabe, mas os estragos da guerra continuam. As inundações podem passar, mas os impactos permanecem. Então deve haver um acompanhamento para as pessoas”, afirmou.
Encerrando sua fala, Alfonso expressou gratidão por estar na capital paraense participando da conferência. “Para mim é um prazer estar aqui em Belém, ser parte disso e dar uma plataforma a todas essas pessoas que precisam ser escutadas, pessoas que não podemos deixar para trás”, concluiu o embaixador.
(Fonte: Portal Viggo)
