Correio de Carajás

Musk aumenta limite diário de leitura para posts no Twitter

Segundo bilionário, controlador da rede social, contas não verificadas poderão ler até mil tuítes por dia

Elon Musk e Twitter - Foto - SAMUEL CORUM / AFP

O dono do Twitter, Elon Musk, anunciou a elevação do limite diário de leitura de posts na rede social, que acaba de ser introduzido. Agora, as contas não verificadas poderão ler até mil tuítes por dia, 400 a mais do que o teto anunciado inicialmente.

No sábado, Musk anunciou que um limite de leitura de posts passaria a ser implementado temporariamente. O limite vale para todos os usuários, mas varia entre contas verificadas ou não verificadas. Os usuários da rede social começaram a ser avisados quando os limites foram atingidos já no sábado.

Musk informou sobre a nova regra numa postagem. Em comentários posteriores, mais tarde, o dono da rede social elevou os limites duas vezes.

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Segundo Musk, após as elevações, as contas agora têm os seguintes limites:

Contas verificadas: leitura de até 10 mil posts por dia
Contas não verificadas: leitura de até 1.000 posts por dia
Contas novas não verificadas: leitura de até 500 posts por dia
O anúncio gerou diversas críticas de usuários da plataforma. Horas depois, o bilionário ironizou os questionamentos. “Em mais um exercício de ironia, este post atingiu um recorde de visualizações!”, disse o bilionário sobre o tuíte em que anunciou as novas limitações. Neste domingo, o número de visualizações estava em 514 milhões.

Contra a extração de dados

O bilionário justificou a nova regra explicando que a limitação tem como objetivo “lidar com níveis extremos de extração de dados e manipulação do sistema”. A medida se segue a uma série de críticas disparadas por Musk contra outras plataformas de tecnologia, especialmente aquelas baseadas em inteligência artificial (IA), como o ChatGPT.

No fim de março, ao anunciar, numa postagem, que apenas os usuários verificados poderiam usar o recurso de promover enquetes, o dono da rede social disse que a medida seria a “única forma de enfrentar a tomada de controle por enxames de robôs de IA avançados”.

O que está em jogo aí é a coleta de informações na internet. Plataformas de IA “generativa”, como o ChatGPT, que cria textos, ou o DALL-E, que cria imagens, usam bancos de dados gigantescos para criar conteúdos novos. Só que há uma série de questionamentos sobre como esses bancos de dados são obtidos.

Tanto criadora do ChatGPT, a OpenAI, está sendo acusada de roubar “grandes quantidades” de informações pessoais para treinar seus modelos de inteligência artificial, numa ação judicial coletiva, nos Estados Unidos.

(Fonte: O Globo)