Correio de Carajás

Música instrumental produzida no Pará é destaque no Marabá Jazz

Pandora Jazz, Boca Seca e MG Calibre comandam a segunda noite de apresentações

Adelbert Carneiro, Luiz Pardal, Jacinto Kahwage, e Edvaldo Cavalcante formam o Pandora Jazz

Três grandes nomes da música instrumental brasileira produzida no Pará se apresentam no segundo dia de programação do Marabá Jazz Festival. Na noite de sábado (27), a envolvente improvisação do Pandora Jazz, as influências que vão do blues ao rock progressivo no grupo Boca Seca e a mistura de jazz e tradições amazônicas do MG Calibre sobem ao palco do Cine Teatro Eduardo Abdelnor, no Núcleo Nova Marabá, em mais um dia de shows memoráveis. O festival tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Levando consigo toda a bagagem de décadas de dedicação à música instrumental autoral e jazzística, o Pandora Jazz é o primeiro a se apresentar na segunda noite de festival. Sediado em Belém, o grupo formado ainda em 1999 tem uma longa trajetória de apresentações em festivais e casas de jazz na capital paraense e, agora, retorna a Marabá levando ao público uma apresentação que mescla músicas autorais e grandes ícones da música instrumental que melhor representam o trabalho do grupo. “Como uma banda instrumental paraense, nós conhecemos Marabá, conhecemos o movimento cultural muito forte que Marabá sempre apresentou. Então, a nossa expectativa é muito grande”, considera o contrabaixista Adelbert Carneiro. “A gente também tem um trabalho já desenvolvido em casas noturnas, casas de jazz de Belém, onde a gente tem um repertório já trabalhado durante alguns anos. Então, o repertório do Pandora será um misto de música autoral e daquelas músicas que sempre representaram o som que a gente faz”.

Adelbert adianta que o show contará um pouco da história do grupo, que é formado por ele no contrabaixo, Luiz Pardal no violino e harmônica, Jacinto Kahwage no piano e teclados, e Edvaldo Cavalcante na bateria. “Nós somos já músicos de uma certa estrada, de muitas atividades e envolvimentos com a música instrumental. Nós temos os nossos trabalhos autorais que são voltados para a música amazônica e o Pandora não seria diferente”.

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Influenciado por vertentes que passeiam do blues ao rock progressivo, abrindo espaço para a música alternativa universal, o projeto musical Boca Seca também se apresenta no Marabá Jazz. E para brindar este encontro, o público poderá conferir o trabalho desenvolvido pelo projeto em seu primeiro álbum, também intitulado Boca Seca, e que foi lançado em 2024.

Helberth Braz, Sandro Maués, Maurício Panzera e Nando Fernandes são do Boca Seca

Idealizador do projeto que nasceu em 2023 com o intuito de somar forças na cena da música instrumental na região de Carajás, o guitarrista paraense Helberth Braz não esconde a expectativa para se apresentar no festival. “A nossa expectativa para o Marabá Jazz Festival está nas alturas e a felicidade tomando conta de nossos corações, afinal, estamos falando de um festival de música instrumental que vem se consagrando como referência na região de Carajás, no Pará”, considera. “A nossa apresentação estará toda alicerçada em nosso repertório autoral que está no nosso primeiro álbum e que agrega vertentes que permeiam do blues à música progressiva, portanto, o público pode esperar por uma apresentação que primamos ser atrativa, interessante e de qualidade sonora”.

O primeiro álbum do Boca Seca foi concebido em parceria com o baterista Sandro Maués e conta com oito músicas autorais, produzidas e gravadas de forma independente. Para as apresentações ao vivo, o Boca Seca adota uma formação com Helberth Braz na guitarra, Sandro Maués na bateria, Maurício Panzera no contrabaixo, Nando Fernandes no teclado e, ainda, participações especiais de Jonatas Cavalcante no trompete e Jonas Moura na guitarra.

A expectativa também é grande para o baixista, compositor e produtor musical paraense MG Calibre. Reunindo uma vasta experiência de apresentações em festivais no Brasil e em países como França e Suíça, o músico soma, agora, a participação no Marabá Jazz Festival. “É a primeira vez que vou me apresentar no Marabá Jazz Festival, projeto de suma importância para a difusão da música instrumental e afins. Tenho Marabá como a segunda capital paraense e a criação deste evento traz visibilidade cultural do Sudeste do Pará, para o Brasil e para o Mundo e eleva a autoestima e a audição musical, fomentando o público para a música contemporânea”.

MG Calibre deve encerrar a segunda noite do festival e sobe ao palco com um repertório regado de músicas inéditas e do álbum intitulado BRAZZONIA, lançado em 2005, e de jazz dos anos 50 voltado para as novas tendências musicais, convidando o público para festejar. “Estarei com um quarteto híbrido de artistas com quem eu tenho similar convivência, estarei no palco com meu amigo de infância que hoje atua na China, nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil, o saxofonista paraense Paulo Levi; também estarei com o mega pianista, dj, produtor e cantor Donatinho, filho do maestro e compositor João Donato; e na bateria está Tomás Menezes, paraense banhado na música brasileira e mundial”.

MG Calibre, Paulo Levi, Donatinho e Tomás Menezes formam o MG Calibre

Sobre o Marabá Jazz Festival

O Marabá Jazz Festival realizou a sua primeira edição em maio de 2022, se firmando como um dos maiores festivais de música instrumental da Amazônia, sediado em Marabá. Nos dias 26, 27 e 28 de setembro deste ano, o festival chega à terceira edição, levando ao público da Região Carajás mais uma amostra do que de melhor vem sendo produzido no cenário da música instrumental brasileira. Com uma programação inteiramente gratuita e acessível, o Marabá Jazz Festival tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Serviço

O quê? Marabá Jazz Festival – 3ª edição

Quando? Dias 26, 27 e 28 de setembro

Onde? Cine Teatro Eduardo Abdelnor – Marabá (PA).

Horário: 19h

Classificação: Livre

Ingressos: Entrada gratuita

Patrocínio: Instituto Cultural Vale

Incentivo: Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais

 

Programação

Sábado, 27 de setembro de 2025

Pandora Jazz (Adelbert Carneiro no contrabaixo, Luiz Pardal no violino e harmônica, Jacinto Kahwage no piano e teclados, e Edvaldo Cavalcante na bateria)

Boca Seca (Helberth Braz na guitarra, Sandro Maués na bateria, Maurício Panzera no contrabaixo, Nando Fernandes no teclado e participações especiais de Jonatas Cavalcante no trompete e Jonas Moura na guitarra)

MG Calibre (MG Calibre no contrabaixo, Paulo Levi no saxofone, Donatinho no piano, Tomás Menezes na bateria)

 

Informações

Jackson Gouveia – Cel: 94 98153-7452

theroqueproducoes@gmail.com

Instagram: @theroqueproducoes1 | Twitter: @theroque0 | Facebook: @theroqueproducoes

Texto: Cintia Magno