Correio de Carajás

Museu dinamarquês tem milhares de peças levadas da Amazônia

No acervo do Museu Nacional da Dinamarca estão guardados mais de 2 mil objetos, a maioria trazida após expedições dinamarquesas à Amazônia.

Museu dinamarquês que vai devolver manto tupinambá ao Brasil tem mais objetos trazidos após expedições na Amazônia/Foto: reprodução

O manto tupinambá é apenas uma de muitas peças que o Museu Nacional da Dinamarca possui e que vieram do Brasil. No acervo do museu estão guardados mais de 2 mil objetos, a maioria trazida após expedições dinamarquesas à Amazônia.

Entre eles, estão mais quatro mantos e outros artefatos do povo Tupinambá. Os tupinambás são indígenas que, por volta do século XVI, habitavam diversas partes da costa brasileira.

No mundo, existem apenas 11 mantos tupinambás deste tipo, produzidos entre os séculos XVI e XVII. Todos estão na Europa, em museus da Dinamarca, Itália, Suíça, Bélgica e França.

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Segundo o diretor de pesquisa do Museu Nacional da Dinamarca, Christian Pedersen, não há pedidos para a devolução de outros objetos históricos brasileiros.

O manto em questão, objeto ancestral dos povos originários do Brasil, vai retornar ao Brasil em 2024. O objeto é feito de penas vermelhas de Guará, uma ave típica do litoral da Bahia.

As penas são costuradas em uma malha por meio de uma técnica do povo indígena tupinambá. Ele mede cerca de 1,80 metro, com 80 centímetros de largura.

O manto está há mais de 300 anos na Dinamarca e vai ser doado para o novo acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro.

Outros países da Europa também seguem esse movimento. No início de julho, a Holanda decidiu pela devolução de peças saqueadas da indonésia e do Sri Lanka, durante o período colonial.

No caso dos mantos, ainda não se sabe em que condições eles saíram do Brasil.

(Fonte:G1)