Correio de Carajás

Mulheres têm aumento na remuneração no Pará

O salário médio real das mulheres paraenses cresceu mais que o dos homens em 2017, chegando a R$ 2.609,10, uma elevação de 1,27% em relação a 2016, enquanto o rendimento masculino caiu 0,08%. O aumento da remuneração feminina é quase três vezes maior que o registrado para todos os trabalhadores do Estado, que registrou alta de 0,45%, como mostram os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho.

Em todo o País, a elevação do salário feminino foi de 2,6%, fechando 2017  com média de R$ R$ 2.708,71. O salário dos homens, por sua vez, cresceu 1,8% e o total nacional, 2,1%. “Apesar da melhora registrada em 2017, ainda há muitos desafios que precisam ser enfrentados, sobretudo no que se refere ao acesso das mulheres a postos de trabalho mais bem remunerados e garantia de recebimento de salários equivalentes pelo desempenho da mesma ocupação”, destaca o coordenador-geral de Cadastros, Identificação Profissional e Estudos do Ministério do Trabalho, Felipe Pateo.

A diferença salarial entre homens e mulheres vem diminuindo a cada ano. A remuneração média das mulheres do Pará em 2017 correspondia a 97,5 % do salário dos homens (R$ 2.675,53). Em 2016, o rendimento feminino correspondia a 96,2% do masculino (R$ 2.677,64 dos homens contra R$ 2.576,46 das mulheres) e, em 2015, 94,67% (R$ 2.575,14 contra R$ 2.437,94).

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Apesar do salário médio da mulher paraense ser o 16º mais baixo do País, a disparidade em relação à remuneração masculina é uma das menores do País. Só fica atrás do Distrito Federal, onde o salário médio das mulheres correspondeu em 2017 a 99,36% do salário dos homens. É na capital federal, inclusive, onde se observou no ano passado as maiores remunerações médias do País, sendo de R$ 5.304,47 para as mulheres – o dobro da média paraense – e de R$ 5.338,35 para os homens.

A média de todos os Estados aponta que a remuneração média das mulheres em 2017 correspondeu a 85,1% do salário dos homens. Em 2016, o rendimento feminino correspondia a 84,4% do masculino e, em 2015, 83,43%.  O rendimento médio das mulheres apresentou crescimento em quase todas as faixas de escolaridade em 2017. Com destaque para o doutorado que registrou um aumento de 4,78%, o equivalente a R$ 527,52, em relação a 2016.

O salário das mulheres aumentou em todas as faixas etárias, se comparado com 2016. Sobretudo, para as trabalhadoras com mais de 65 anos que tiveram um aumento de 3,54% no rendimento, o equivalente a R$ 244,27. As mulheres entre 40 e 49 anos registram um acréscimo de 2,84% na remuneração média, R$ 89,07 a mais que em 2016.

O setor econômico com maior remuneração média foi o Extrativista Mineral, que, mesmo apresentando queda em relação a 2016, foi um dos únicos setores produtivos em que o salário das mulheres foi maior que o dos homens, apesar de ser considerado um setor masculino. O salário médio das mulheres no setor era de R$ 6.251,60, enquanto o dos homens era de R$ 6.226,45. O mesmo ocorreu na Construção Civil. (Fonte: ORM)