📅 Publicado em 17/11/2025 10h10
O futuro de Willian Sousa, réu pelo assassinato da tatuadora Flávia Alves, está nas mãos de cinco mulheres e dois homens que compõem o júri popular nesta segunda-feira (17).
O julgamento – aguardado ansiosamente pela sociedade marabaense desde 2024, quando o crime aconteceu – ocorre no Fórum Municipal com as portas fechadas para o grande público. A decisão foi tomada na sexta-feira (14), com o objetivo de garantir a ordem e a serenidade da sessão.
A juíza Alessandra Rocha preside o julgamento. O time de acusação é composto pela promotora Cristine Magella e pelos advogados Arnaldo Ramos e Diego Sousa. Cristina Longo é a titular da defesa de Will.
Leia mais:As sete pessoas que formam o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri desta segunda foram definidas por sorteio ainda nesta manhã. Durante a formação do Conselho, tanto a acusação quanto a defesa puderam recusar até três jurados sem precisar apresentar uma justificativa.
O Tribunal do Júri segue ao longo desta segunda-feira e a expectativa é de que a sentença seja proferida no final do dia. Durante esse tempo, testemunhas serão ouvidas e os advogados de ambos os lados apresentarão suas teses e argumentações.
O CRIME
Flávia desapareceu na madrugada de 15 de abril de 2024, após sair de um bar no Núcleo Nova Marabá, em Marabá. Ela foi vista pela última vez entrando no carro de Will, seu colega de profissão. Familiares da vítima afirmam que o tatuador mantinha uma obsessão não correspondida pela jovem.
O desaparecimento foi registrado dois dias depois, em 17 de abril, e a Polícia Civil iniciou as investigações. Em 25 de abril, foi deflagrada a Operação Anástasis, com apoio dos núcleos de investigação de Marabá e Tucuruí. No mesmo dia, Willian e sua esposa, Deidyelle de Oliveira Alves, foram presos. Ela é acusada de participar da ocultação do corpo. A identificação dos suspeitos foi possível graças à análise de imagens de câmeras de segurança, perícias no veículo utilizado por Will e outros recursos técnicos.
Ainda na noite de 25 de abril, o corpo de Flávia foi localizado em uma cova rasa, na zona rural entre Jacundá e Nova Ipixuna, a cerca de 100 km de Marabá. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a jovem foi morta por estrangulamento. Também foi realizada busca e apreensão no SUV T Cross, veículo supostamente usado no crime. A perícia indica que o assassinato ocorreu dentro do carro.
O inquérito foi concluído em agosto de 2024 e encaminhado ao Ministério Público. Willian foi denunciado por homicídio qualificado, feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. Já Deidyelle responde por ocultação de cadáver e fraude, mas está em liberdade desde 25 de maio de 2024.
