Cerca de 30 mulheres, mães e companheiras de detentos presos em unidades prisionais de Marabá, se reuniram na manhã desta terça-feira, 15, em frente ao prédio do Fórum Cível de Marabá, no Núcleo Cidade Nova, para reivindicar, de forma pacífica, informações sobre os internos, solicitar o retorno das visitas presenciais, acesso às assistentes sociais, entre outros assuntos.
Com cartazes, faixas e caixa de som, o intuito do ato, segundo Ludmilla Lima dos Reis, 50 anos, que coordena a manifestação do grupo, é chamar a atenção do Poder Judiciário para que elas consigam ter um acompanhamento sobre o estado de saúde dos parentes.
“Sabemos que estamos em um cenário de pandemia. Logo no começo foram encerradas as visitas, mas duas casas penais já voltaram com as presenciais. A última vez que nós tivemos visita foi em janeiro. Lá é disponibilizada a chamada de vídeo, mas funciona para umas e outras não, porque tem muita gente que mora em sítio, fazenda e não tem alcance de celular”, argumenta.
Ludmilla afirma que a intenção de se reunirem em frente ao Fórum é para que possam ser recebidas pelas autoridades judiciais para uma conversa e solicitarem apoio para que possam visitar presencialmente seus familiares.
“Sabemos que eles cometeram crimes e precisam pagar. Mas a mesma lei que me ampara, que estou em liberdade, ampara eles também”, finaliza.
O grupo entregou um ofício no gabinete do juiz da Vara de Execuções Penais, Caio Marco Berardo.
O magistrado não estava no momento. Contudo, a assessora do gabinete, Ana Letícia, recebeu o documento e informou à equipe do CORREIO que a demanda será passada ao juiz e que ele vai verificar se é necessário abrir um procedimento para o caso. (Ana Mangas)