Correio de Carajás

Mulheres afirmam terem sido abusadas por pastor em Parauapebas

Nos últimos dias algumas mulheres de Parauapebas usaram as redes sociais para denunciarem o pastor Dagmar José Pereira por abuso sexual. O homem é ligado à Igreja Assembleia do Reino de Deus e os casos teriam ocorrido anos atrás, quando elas ainda eram adolescentes e ele atuava na cidade.

O advogado Márcio Bieda, que representa as vítimas, disse ao Correio de Carajás que as denúncias contra ele surgiram em Parauapebas após relatos de mulheres de outras cidades e estados por onde o homem passou virem à tona. “Recebemos a denúncia de algumas meninas que diziam ser vítimas de um pastor, então nós começamos a investigar esses casos e recebemos várias denúncias”, detalha Bieda, ao narrar que as primeiras denúncias que ele tomou conhecimento são oriundas de Anápolis, em Goiás.

Ainda segundo o advogado, quanto mais se falava no assunto, mais denúncias eram feitas por mulheres de cidades em que o pastor já havia trabalhado durante 20 anos de pastoreio. “Eram meninas que não se conheciam, que não conversavam entre si, mas denunciavam o mesmo modus operandi desse pastor”, disse Bieda.

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O advogado contou ao Correio de Carajás que as primeiras denúncias já foram formalizadas em Senador Canedo, no estado de Goiás, onde estão sendo investigadas. Já em Parauapebas, ele afirmou que formalizaria as denúncias na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) na tarde desta terça-feira (21), o que não ocorreu até essa publicação.

O advogado pede, ainda, que se outras mulheres quiserem formalizar denúncia, basta procurá-lo, pois ele está oferecendo assistência jurídica gratuita ao caso.

Denúncias     

As denúncias começaram a surgir nas redes sociais na última quarta-feira (15), por meio de Isabella Sâmara, uma das mulheres que reuniu e divulgou os relatos de outras fiéis abordadas pelo pastor.

Igreja

O Grupo Correio de Comunicação procurou a igreja de Parauapebas onde o pastor atuou, mas por mensagem de celular a direção informou que “em razão do sigilo sacramental enquanto autoridade eclesiástica e pelo direito de proteção à identidade e integridade das vítimas, infelizmente não podemos prestar nenhum esclarecimento no presente momento para não atrapalhar o bom andamento das investigações policiais”.

A reportagem não conseguiu localizar o pastor citado pelas vítimas. ,

A equipe da TV Correio, Rayane Pontes, conversou com mulheres que afirmam terem sido abusadas pelo pastor.

(Theíza Cristhine, com informações de Ronaldo Modesto e Rayane Pontes – TV Correio)

Acompanhe a reportagem da TV Correio: