Correio de Carajás

Mulher tem útero queimado após médico injetar ácido acidentalmente durante FIV

"Eu senti queimando", lembra a norte-americana, em entrevista. "Eu ficava dizendo: 'Algo está errado. Algo está errado. Deve queimar?'", lembra. Agora, ela pretende processar o médico e a clínica que realizaram o procedimento. O ácido foi injetado no lugar de solução salina

Mulher teve ácido injetado em seu útero — Foto: Reprodução/The Philadelphia Inquirer

Uma mulher disse ter sofrido queimaduras químicas graves durante um processo de fertilização in vitro que deu errado. Seu médico acidentalmente teria injetado ácido em vez de solução salina em seu útero. A vítima – uma professora de pré-escola chamada Christine, 33 – disse ao The Philadelphia Inquirer que o incidente ocorreu em dezembro de 2022.

Christine deveria fazer uma ultrassonografia com infusão salina — um procedimento para olhar dentro do útero — em uma clínica em Havertown, Pensilvânia, Estados Unidos, para verificar se havia bloqueios em suas trompas de Falópio. “Eu senti queimando”, disse Christine ao jornal. “Eu ficava dizendo: ‘Algo está errado. Algo está errado. Deve queimar?'”, lembra.

Mulher teve ácido injetado em seu útero — Foto: Reprodução/The Philadelphia Inquirer
Mulher teve ácido injetado em seu útero — Foto: Reprodução/The Philadelphia Inquirer

Mas a professora da pré-escola disse que seu médico ignorou suas preocupações, dizendo que era apenas uma solução salina. Após o procedimento, Christine notou vergões vermelhos se espalhando na parte interna das coxas e pernas. Foi só então que um técnico de ultrassom percebeu que havia sido injetado ácido tricloroacético — que tinha uma concentração de 85%. O ácido é geralmente usado em peelings químicos para remover verrugas e tratar problemas de pele como acne e manchas.

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Christine teria sofrido queimaduras químicas de primeiro e segundo grau dentro e fora de seu corpo e teve que ser tratada em um centro de queimaduras local. A professora da pré-escola, que estava em tratamento de fertilização in vitro, disse ao Inquirer que seus órgãos reprodutivos ficaram gravemente marcados pelo terrível incidente. Meses depois, ela disse que ainda dói sentar.

Um porta-voz da clínica disse ao jornal que o médico que realizou o procedimento “não era responsável pelo ácido estar na sala” e “não estava envolvido no pré-enchimento da seringa”. Eles acrescentaram que o ácido tricloroacético foi removido de todos os consultórios da clínica. Christine e seu marido Jason entraram com uma ação contra a clínica e pretendem responsabilizar o centro e o médico pelas ações, de acordo com seus advogados.

Segundo o Daily Mail, tanto a solução salina quanto o ácido são líquidos incolores e seriam indistinguíveis a olho nu em uma seringa. O ácido tricloroacético é classificado como um possível carcinógeno e é tão cáustico que a fumaça por si só pode arder no nariz e na garganta.

(Fonte: Crescer)