Após 20 dias da morte do marido, uma australiana de 62 anos é autorizada a obter o sêmen do homem ao convencer o tribunal que o filho já era planejado antes do óbito do esposo.
Depois que o marido morreu, no dia 17 de dezembro, a australiana pediu ao necrotério do hospital para obter e preservar o esperma do homem morto, o que não foi acatado. A mulher, que não teve a identidade revelada, solicitou uma ordem de urgência do Supremo Tribunal da Austrália Ocidental.
Documentos legais divulgados revelaram que o casal começou a considerar a ideia de ter um bebê seguindo a trágica perda do filho de 31 anos em um acidente de carro em 2019. Seis anos antes, outra filha do casal, de 29 anos, havia falecido afogada durante uma pescaria.Apesar da autorização para a coleta de esperma pela Juíza Fiona Seaward, seria necessário obter uma nova decisão judicial antes que este possa ser utilizado para fertilização.Mulher recebe autorização: caso parecido aconteceu em 2018Um caso similar ao da australiana e seu marido aconteceu no mesmo país em 2018, cinco anos antes, em Queensland, terceiro estado mais populoso da Austrália.
Leia mais:Na época, a juíza da Suprema Corte autorizou que Ayla Cresswell usasse o tecido reprodutivo do namorado, Joshua Davies, jovem que se suicidou em agosto de 2016. Mas, de acordo com o jornal The Guardian, a decisão de prosseguir com o procedimento dependia de uma clínica médica específica.
O casal já planejava ter filhos e, com o apoio da família de Davies, Cresswell buscou uma ordem judicial urgente para remover o esperma.“Há evidências claras de que Joshua Davies expressou o desejo de ter filhos”, afirmou a juíza da Suprema Corte, Susan Brown, ao declarar sua decisão.
(O Povo)