Marinalva Teixeira de Sousa, de 33 anos. Esta é a identificação da mulher encontrada morta no final da manhã de quinta-feira (22) em um matagal na Folha 30, a menos de 100 metros da sede da delegacia de Polícia Civil, em Marabá. A identificação formal aconteceu nesta sexta (23), por familiares dela que estiveram no Instituto Médico Legal (IML).
Os parentes vieram da cidade de Colinas, que fica na região do Itapecuru, no Maranhão. Eles não quiseram gravar entrevista, mas disseram ter sido informados sobre a morte de Marinalva pelo companheiro dela, cujo nome não foi repassado à reportagem. O corpo dela ficou de ser trasladado para o Maranhão ainda nesta sexta, para os procedimentos de velório e sepultamento.
Uma irmã da vítima confirmou que Marinalva seria usuária de drogas, assim como o companheiro, mas disse não saber se isso teria alguma motivação com o crime bárbaro que ela sofreu.
Leia mais:Marinalva foi encontrada por lima pessoa que foi jogar lixo no local. Ela tinha uma marca de tiro, a queima roupa, no peito, estava parcialmente despida e, a julgar pela forma como estavam as vestes dela, a mulher pode ter sido vítima de estupro.
Possível vídeo
Uma fonte contactada com exclusividade por este CORREIO apurou que Marinalva chegou ao terreno baldio na garupa de uma moto modelo POP, pilotada pelo criminoso. O veículo veio da direção da BR-230, entrou na via interna e de lá ingressou na Folha 30, até chegar no terreno, que é bastante escuro, mas, ao mesmo tempo, vigiado por câmeras de segurança.
Isso ocorreu um pouco antes das 2h da madrugada de quinta-feira. Cerca de 2 horas depois o homem foi embora de moto, mas sozinho. Marinalva foi deixada morta no matagal. Mas há dois fatos estranhos nisso tudo: o primeiro é ninguém ter ouvido o disparo e o segundo é que, até por volta das 16h desta sexta, o Departamento de Homicídios ainda não tinha recebido tal vídeo.
Por outro lado, o delegado Vinícius Cardoso, superintendente regional de Polícia Civil, confirmou que foram colhidos elementos de investigação no local do crime. Além disso, testemunhas que conheciam a vítima também prestaram depoimento.
(Chagas Filho e Thays Araujo)