Correio de Carajás

Mulher é suspeita na morte de mototaxista

A morte do mototaxista Josiel Mota da Silva gerou comoção e revolta na cidade de Anapu e resultou na destruição de uma residência, um caminhão incendiado e uma mulher presa. O inquérito conduzido pela Delegacia de Polícia Civil segue em segredo de Justiça e será concluído nos próximos dias.

A delegada Leda Salgado Uchôa, responsável pela Delegacia de Polícia Civil de Anapu, prendeu Denevilma Oliveira Freitas, de 25 anos, suspeita pela morte do mototaxista, encontrado morto no último dia 9, e que estava desaparecido desde o dia 7.

Josiel sofreu estrangulamento e um corte na região do pescoço

De acordo com a delegada, a investigação aponta para um crime passional, e descartou qualquer ligação com a morte do tio da vítima, o ex-vereador e conselheiro tutelar Paulo Anacleto, executado no início de dezembro de 2020.

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As provas que ligam o nome da suspeita ao assassinato são robustas, segundo a delegada Leda Uchôa. Por exemplo, ela cita que no dia do desaparecimento o rastreador da moto de Josiel Mota apontou que o veículo permaneceu por duas horas em frente à casa de Denevilma, último lugar antes de ser achada num local ermo da cidade. E o corpo do profissional foi encontrado em uma área nos fundos da residência da suspeita. Josiel sofreu estrangulamento e um corte na região do pescoço.

Ouvida em duas ocasiões pela Polícia Civil, a suspeita nega qualquer participação no assassinato. Mas a polícia sustenta que ela está envolvida no crime e não descarta o envolvimento de outras pessoas.

No dia que o corpo da vítima foi achado, a revolta de populares foi grande e culminou com a destruição da residência de Denevilma, localizada na rua Cássio Belo, no Bairro Alto Bonito. E após o sepultamento do profissional, no final da tarde de domingo, um caminhão do pai da suspeita foi incendiada. A PC investiga a ação criminosa.

Para garantir a integridade de Denevilma e a segurança na cidade de Anapu, a Polícia Civil transferiu a suspeita para uma carceragem da Delegacia de Polícia Civil de Altamira, no Sudoeste do Estado. (Antônio Barroso/freelancer)