Nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, a 12ª Promotora de Justiça Titular Agrária de Marabá, Alexssandra Muniz Mardegan, representando o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), realizou visitas a ilhas e vilas localizadas na zona rural dos municípios de Goianésia do Pará e Jacundá, como parte do projeto “Vamos Conversar?!” do MPPA. O objetivo desta iniciativa é ouvir ativamente agricultores familiares, ribeirinhos e outras comunidades tradicionais, visando tomar medidas junto às autoridades locais.
A promotora de Justiça Alexssandra Mardegan foi acompanhada pela equipe técnica do MPPA, bem como por representantes do Poder Executivo e Legislativo dos municípios, incluindo Sebastião Rabello Netto, Secretário Municipal de Obras, Infraestrutura e Serviços Urbanos de Jacundá, e Luiz Pereira dos Santos, vereador e presidente da Colônia de Pescadores Z43 de Jacundá.
O foco dessas diligências foi examinar de perto a realidade das comunidades ribeirinhas, com destaque para a região do Porto Novo, em Goianésia do Pará, e a Vila Santa Rosa, em Jacundá. Nestes locais, os moradores dependem praticamente exclusivamente da atividade pesqueira para subsistência, geração de emprego e renda para suas famílias.
Leia mais:A pesca representa uma das principais atividades econômicas da região, especialmente para as famílias ribeirinhas que vivem na Área de Proteção Ambiental (APA) ao redor do lago de Tucuruí, onde residem mais de 30 mil pescadores. Após 2 horas e 30 minutos de viagem de barco, a Promotora de Justiça Alexssandra Mardegan chegou à Vila Santa Rosa, local onde são extraídas aproximadamente 300 toneladas de peixe mensalmente, garantindo o sustento de inúmeras famílias locais.
Durante as visitas, a Promotora de Justiça Alexssandra Mardegan e sua equipe puderam compreender as preocupações e necessidades das comunidades ribeirinhas, buscando entender os desafios enfrentados por esses moradores que dependem da pesca como principal fonte de sustento. José Rodrigues Souza, um dos pescadores visitados, resumiu a importância da pesca para a região ao afirmar: “O rio gera mais empregos do que a Prefeitura”. Este depoimento destaca a relevância da atividade pesqueira para as comunidades ribeirinhas e a necessidade de uma abordagem sensível e eficaz por parte das autoridades locais e do Ministério Público.