Correio de Carajás

MP pede condenação de homem que torturou e fez ex-namorada comer fezes em Belém

A Promotoria de Justiça Criminal de Icoaraci, em Belém, encaminhou denúncia na última quinta-feira (11) à Justiça do Pará pedindo a condenação de Márcio Cruz da Conceição, 19, preso pela acusação de torturar e obrigar a ex-namorada a comer fezes de animais. Segundo o Ministério Público, ele deve responder pelos crimes de tortura, lesão corporal e perigo à vida, com vários agravantes, como causar deformidade permanente, sequestro e estupro.

Márcio Cruz está preso preventivamente desde o último dia 2 de julho. Ele é suspeito de ter envolvimento com o tráfico de drogas e de ser integrante da organização criminosa Comando Vermelho. O suspeito foi detido por uma equipe da Polícia Civil no bairro do Paar, em Ananindeua. A motivação da agressão, segundo denúncia feita pela vítima, foi a insatisfação com o término do relacionamento.

O crime aconteceu no dia 23 de junho, quando Márcio Cruz convidou a vítima para almoçar em sua residência em Icoaraci. Chegando lá, o homem estava sozinho e passou a agredir a ex-namorada com uma barra de ferro, provocando vários hematomas pelo corpo. Em seguida, segurando uma faca para que não fugisse, raspou sua cabeça com uma navalha, cortando a região supraciliar esquerda e ocasionando múltiplos ferimentos na região do couro cabeludo.

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O MP detalha ainda que, com a faca, Márcio cortou o rosto da vítima no formato da letra “M” em sua testa, jogou sabão em seus olhos, urinou em sua boca, fez a mulher comer fezes de cachorro, jogou água sanitária em seu rosto e gravou um vídeo após realizar as lesões.

A somatória das penas pelos crimes cometidos pode resultar em condenação à prisão por período próximo a 30 anos. De acordo com a promotora Sintia Bibas Maradei, o suposto agressor não foi denunciado por tentativa de feminicídio pois, a princípio, a violência não foi motivada pelo fato de a vítima ser mulher.

Além de pedir a condenação de Márcio Cruz pelos crimes citados, a promotora também requereu que a Justiça fixe um valor mínimo para que o suposto agressor indenize a vítima a título de reparação dos danos causados. (Fonte:G1)