Nos últimos dias circula nas redes sociais a foto de Leontino Braga da Silva, 92 anos, que estava dormindo no chão do Hospital Municipal de Marabá com uma ferida aberta na barriga.
O caso chegou ao conhecimento do Ministério Público do Estado do Pará, que solicitou ao município, por meio da Secretaria de Assistência Social, que em um prazo de 48 horas informasse quais as medidas e estratégias serão adotadas para garantir a proteção do idoso que está em situação de risco e vulnerabilidade.
O HMM também foi notificado pelo órgão ministerial para que prestasse informações quanto à situação de Leontino.
Leia mais:Em resposta, a casa de saúde informou que o idoso deu entrada no dia 12 de setembro, às 18h34, e que recebeu alta médica no mesmo dia. O hospital disse que tentou contato com o Conselho do Idoso no período noturno, mas não teve êxito.
“Ressaltamos que o idoso teve inúmeras entradas no HMM apresentando a mesma condição (bolsa de colostomia e higiene prejudicada). Seu caso é de conhecimento da política de assistência e de saúde, Conselho do Idoso e também do Ministério Público, pois encaminhamos relatórios sobre a situação. Ele já esteve acolhido no Centro Integrado da Pessoa Idosa (Cipiar), porém não permaneceu”, diz um trecho do documento, ressaltando uma senhora de nome Lílian que cuidava do idoso foi buscá-lo no Cipiar e o levou para uma residência. Contudo, ele costuma fugir e ficar perambulando pela rua.
A reportagem do Correio de Carajás esteve no HMM na manhã desta quinta-feira, 15, e encontrou o idoso nas cadeiras da recepção, na parte interna do hospital.
Em conversa com o diretor administrativo do HMM, Fabrizzio Bastos, ele explicou que o idoso é um paciente do Cipiar. “Ele vem para o hospital, é atendido e foge”, disse o diretor. Contudo, verificou-se que foi solicitado o desacolhimento do idoso no Cipiar no início do ano. Portanto, ele não faz mais parte do quadro de acolhidos do local.
O Correio também conversou com a assistente social do HMM, Tereza Cristina, que informou que o Conselho do Idoso, juntamente com o MPPA, estaria viabilizando uma vaga no Lar São Vicente, para que ele seja encaminhado para lá.
Nesse momento, surge o questionamento: por que demoraram tanto para tomar providências em relação ao idoso? Precisou ter repercussão nas redes sociais para a assistência aparecer. (Da Redação)