Nesta segunda-feira (26), representantes do Ministério Público do Pará cumpriram mandado de busca e apreensão domiciliar e pessoal, em Marabá, contra uma advogada suspeita de integrar uma facção criminosa e também lavagem de dinheiro. Na cidade de Castanhal (nordeste do Estado) também houve a mesma ação tendo como alvo outro advogado. Ao todo foram cumpridos seis mandados.
De acordo com as investigações do MP, que já duram mais de dois anos, os alvos da Operação Muralha compõem a célula jurídica denominada “Sintonia dos Gravatas”, do PCC. Em Marabá, as ordens judiciais foram cumpridas em um escritório de advocacia no Bairro Belo Horizonte (Cidade Nova). Já em Castanhal, em endereços residenciais nos bairros Centro, Nova Olinda e Saudade I.
Durante a operação, foram apreendidos celulares, documentos, agendas com anotações e mais de um mil bilhetes e cartas trocadas entre presos faccionados, os quais usavam advogados como “pombo correio”, pois usam de suas prerrogativas para levar e trazer mensagens entre faccionados, dentro e fora da cadeia.
Leia mais:Por telefone, o presidente da OAB Subseção Marabá, Rodrigo Botelho, confirmou que ele mesmo, junto com membros da Comissão de Prerrogativas, acompanhou o cumprimento do mandado de busca e apreensão de documentos no escritório da advogada em questão.
Disse também que não pode falar sobre o processo porque corre em segredo de Justiça. Mas explicou que, se for o caso, a OAB pode atuar como assistente no processo, porém ainda é muito cedo para dizer se isso vai ocorrer. (Da Redação)