Correio de Carajás

Movimento de atingidos pela Barragem de Tucuruí interdita PA-263

Rodovia foi bloqueada e tráfego de veículos só é liberado a cada 60 minutos. (Foto: Divulgação/Redes Sociais)

A rodovia PA-263, no trecho entre as cidades de Breu Branco e Tucuruí, está interditada pelo movimento Associação das Populações Atingidas pelas Obras do Rio Tocantins (Apovo), quilombolas, ribeirinhos e índios assurinis desde a manhã desta segunda-feira, 2. Os líderes do movimento reivindicam indenizações da Eletronorte. Policiais militares estão no local para garantir a segurança. A área interditada é de Segurança Nacional em decorrência da Hidrelétrica Tucuruí.

O juiz Hugo Leonardo Abas Frazão, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, está em negociação com o movimento para liberar a pista que foi fechada em dois trechos, antes e depois da Barragem de Tucuruí. São aproximadamente 300 pessoas envolvidas na manifestação. Eles estão acampados próximos à UET há mais de ano.

Ronaldo Morares, um dos chefes do movimento, disse que o grupo aguarda uma reunião definitiva com o juiz federal e Ministério Público Federal solucionar o fechamento de uma pauta que envolve indenização pelo uso de areia da praia Gaviões na construção da hidrelétrica, passivos a expropriados e compensação aos atingidos a jusante da hidrelétrica.

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A cada 60 minutos, a pista é liberada por 10 minutos. Ademar Silva, também ligado à organização dos manifestantes disse que “a manifestação é para cobrar os direitos que há anos os povos afetados pedem indenizações e compensações pela construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí”.

No dia 11 de novembro último, o movimento interditou a pista estadual por algumas horas. Na ocasião, uma reunião entre a Justiça Federal e MPF selou um acordo temporário. (Antônio Barroso)