Correio de Carajás

Mototaxistas não regulamentados bloqueiam entrada da ponte no Bairro São Félix

A cooperativa de mototaxistas do bairro tem cerca de 50 motoristas cadastrados que circulam pelos bairros de São Félix e Morada Nova

No final da manhã desta sexta-feira (7), um grupo de mototaxistas não regulamentados pelo Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) interditaram a pista que dá acesso à Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Tocantins. Os manifestantes estavam bloqueando a passagem no sentido São Félix – Nova Marabá, com o objetivo de recuperar a moto de um dos condutores que havia sido recolhida pelo órgão fiscalizador.

A Polícia Militar foi acionada por volta das 11h30. Além de tentarem um diálogo com os manifestantes, eles passaram a gerenciar a liberação da via, para que parcialmente os veículos pudessem passar.

Em entrevista ao Correio de Carajás, Adriano Rodrigues, um dos representantes da cooperativa, contou que a moto recolhida está com a documentação em dia. “Eles questionaram que o condutor carregou a passageira de forma irregular. Mas eles não têm prova. Só viram ele dando o capacete, e isso não quer dizer nada. Agora, a partir do momento em que o agente de trânsito pergunta e o passageiro fala que está pagando a corrida, aí sim, isso é crime, e a gente reconhece”, argumenta.

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Mototaxista afirma que eles querem trabalhar de forma regulamentada

O motorista afirma que a população dos bairros São Félix e Morada Nova é prejudicada pela falta de transporte público, seja de ônibus, mototaxistas regulamentados rodando pelos bairros ou táxi-lotação.


Manifestantes informaram que só vão liberar a pista após a devolução da motocicleta apreendida

“Desde 2009 nós atendemos essa população. Temos 50 associados espalhados pelo bairro. Eles chamam a gente de clandestino, mas já tentamos regulamentar, procuramos vereadores, prefeito, DMTU, ninguém nos dá atenção. A gente não quer rodar do outro lado, só queremos atender aqui, São Félix e Morada Nova”, exclama, afirmando que irão passar o dia inteiro lá, até que a moto seja retirada do caminhão guincho.

Luciron Gomes, presidente da Cooperativa Coopermoto do São Félix, ressalta que o município de Marabá nunca se manifestou para que eles pudessem trabalhar de forma regulamentada. “Esperamos que alguém se manifeste e nos ajude. Não queremos rivalidades com os mototaxistas regulamentados, somos todos pais de família”, exclama. (Ana Mangas e Evangelista Rocha)