Correio de Carajás

Mototaxistas e motociclistas por aplicativo têm embate silencioso na Câmara de Marabá

Motociclistas por aplicativo e mototaxistas ficam frente a frente no estacionamento da CMM

Na manhã desta quinta-feira, 2, o estacionamento da Câmara Municipal de Marabá (CMM) foi ocupado por dezenas de mototaxistas e alguns motociclistas que prestam serviços através de aplicativos de transporte. A aglomeração traz à baila, novamente, o conflito entre as duas classes, que já perdura mais de um ano.

De acordo com informações apuradas pela Reportagem, alguns mototaxistas perceberam que motociclistas de transporte por aplicativo estavam presentes na CMM e fizeram uma convocação através de grupos de WhatsApp, para que outros profissionais da classe comparecessem ao local. “A nossa presença aqui é para reivindicar uma coisa que já é nossa por direito, que é o de transportar pessoas em Marabá”, justifica Odair Pereira da Silva, mototáxi, ressaltando que a classe que opera através de aplicativos é clandestina.

Odair Pereira da Silva, mototáxi, afirma que a outra classe é clandestina

Em resumo, o desejo da classe é que a fiscalização e a lei sejam cumpridas. Ele se refere a Lei Federal nº 13.640, nela o artigo 11-B diz que somente motoristas com carteira nacional de habilitação, categoria B, estão autorizados a realizar o serviço de transporte por aplicativo. “O que a gestão municipal não está fazendo, é cumprir a parte dela, que é fiscalizar”, afirma.

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Na outra ponta do embate estão os motociclistas que trabalham por aplicativo. Raimundo Rodrigues de Morais é um deles e argumenta que a classe presta um serviço sério para a população marabaense, com 100% de aprovação. “Todos os usuários agradecem essa modalidade porque é um transporte diferenciado, porque nós vamos buscar o passageiro na sua residência, no seu trabalho”.

Raimundo Rodrigues de Morais, motociclista por aplicativo, alega que o serviço é 100% aceito pelos marabaenses

Ele frisa que a categoria está trabalhando normalmente, sem nenhum impedimento e que inclusive já ganharam algumas liminares na justiça. “Hoje nós estamos aqui para mais uma etapa, que é a busca por liberação definitiva para a categoria. Nós estamos liberados e estamos rodando, o que nós queremos? Que a prefeitura nos reconheça como transportador municipal. Até então o aplicativo é nacional”, sustenta.

Raimundo também contou que havia uma reunião marcada com um vereador, sem citar nome ou especificar o horário agendado. (Luciana Araújo)