Uma mulher morreu esmagada pelas rodas de um caminhão de uma empresa mineradora após a colisão da mototaxi em vinha com o veículo. Josseane Armando do Nascimento era passageira do mototaxi e, na colisão, ela e a moto foram parar debaixo do caminhão.
O acidente aconteceu por volta de 18h30 de ontem, quinta-feira, 22, na Avenida Sol Poente, no Bairro Paraíso, em Parauapebas. De acordo com testemunhas, a culpa do acidente foi do mototaxista, identificado como Antonio José Pereira, de 43 anos, preso em flagrante.
O motorista do caminhão, Josley Cabuçu, foi ouvido pelo delegado Gabriel Henrique, responsável pelo caso, e foi liberado. Ele contou que vinha pela Avenida Sol Poente e, ao chegar em um cruzamento, deu seta para virar para a direita.
Leia mais:Ao fazer manobra, o motorista detalha que só escutou um barulho. Ele parou mais á frente e viu que tinha batido em uma moto e que havia uma vítima fatal.
“Eu entrei em desespero, porque nunca tinha me envolvido em um acidente na vida, ainda mais com uma vítima fatal. Eu realmente não vi o motoqueiro, que fez a ultrapassem pela direita”, relata o motorista, que afirma ter 20 anos de profissão.
Ainda de acordo com Josley, assim que parou, outros mototaxistas pararam e ele escutou quando alguns disseram que era para linchá-lo. “Eu fiquei ainda mais desesperado, entrei no caminhão e segui até um posto de gasolina, parei e corri para me esconder na loja de conveniência. Por sorte, estava lá um policial a paisana, que viu o acidente, e ficou comigo até à chegada de uma guarnição da Polícia Militar”, afirmou.
De acordo com o delegado Gabriel Henrique, com base no depoimento de testemunhas e condições do acidente, ficou comprovado que a culpa toda foi do mototaxista, que tentou fazer uma ultrapassem pela direita, que é irregular. “Ele tentou fazer a ultrapassagem e, quando viu que ia bater no caminhão, pulou da moto e deixou a passagem colidir com o veículo, indo parar junto com a moto debaixo das rodas, sendo esmagada”, diz o delegado.
Segundo Gabriel Henrique, o mototaxista, que teve ferimentos leves na queda, foi autuado em flagrante por homicídio culposo, com mais o agravante de ser condutor de um veículo de transporte de passageiro. Por isso, ele arbitrou fiança, no valor que não divulgou, para que responda o processo em liberdade.
Como até esta manhã, sexta-feira, 23, a fiança ainda não tinha sido paga, o mototaxista ia ser recolhido para a Carceragem do Rio Verde. De acordo com Samuel Alves, que presenciou o acidente, Antonio José vinha cortando veículos, inclusive ultrapassou ele, que vinha no seu carro atrás do caminhão.
“Ele passou por mim, também pela direita, e depois tentou cortar o caminhão, que tinha dado seta que ia dobrar a direita, foi quando houve o choque. Ele conseguiu pular da moto, mas passageira, talvez pelo susto, não conseguiu e foi parar debaixo do caminhão, junto com a moto, e foi arrastada ainda por alguns metros, até que o motorista parou, após perceber o que havia acontecido”, conta Samuel.
A mesma versão é dada pelo cabo Alan, da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência. “Testemunha informaram que foi imprudência do mototaxista, que tentou fazer a ultrapassem pela direita, e colidiu com o caminhão, que estava fazendo a manobra para dobar em uma esquina”, ressalta o PM.
Josseane trabalhava em uma empresa de transporte e, ao que tudo indica, estava voltando do trabalho, já que estava uniformizada. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)