Correio de Carajás

Motorista invade bar com caminhonete e atropela dono

O telhado do estabelecimento foi danificado / Foto: Reprodução

O dono de um bar, localizado na Transmangueira, em Marabá, teve uma noite de susto e prejuízos quando um casal em uma caminhonete atingiu em cheio o estabelecimento e atropelou o proprietário, por volta das 21 horas, do sábado (1º). Esmael Carlos Moraes teve o pé esmagado e parte do telhado do bar danificado pela colisão do veículo.

A Reportagem do Portal Correio conversou por telefone com Esmael, que relatou o caso com detalhes. Segundo ele, era por volta das 21 horas, quando estava atendendo clientes no bar, localizado na margem da Rodovia Transmangueira, e sentiu um forte impacto.

“Eu havia acabado de me sentar, de costas para a rua, após servir uma cerveja para um cliente, quando fui atingido pela caminhonete. Eles [o casal] passaram por cima do meu pé, duas vezes, a primeira quando invadiram meu bar, e a segunda quando o motorista tentou dar ré para sair”, conta Esmael.

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O homem conta que populares impediram que o casal fugisse do local sem prestar socorro. Foi quando a mulher que estava de carona, desceu do veículo e afirmou ser médica.

“Ela estava aparentemente embriagada e disse ser médica. As roupas dela, era como de alguém que acabou de sair da praia. Pegou um pano e amarrou no meu pé para estancar o sangramento”, relembra Esmael.

Depois, a Polícia Militar e uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionados. O dono do bar lembra, que quando a guarnição chegou, Karen se identificou como advogada.

“Eles [os militares] puxaram a ‘ficha’ dela e descobriram que não era médica e nem advogada. Eu lembro que as pessoas queriam linchar o casal, mas eu pedi que não fizessem isso, pois tudo seria resolvido da forma correta”, relata Esmael.

O proprietário do bar foi levado ao Hospital Municipal de Marabá, onde foi feito um raio X do pé, não detectando problemas no osso, porém, o estado era grave, já que os nervos ficaram expostos.

“Eu sentia muita dor enquanto aguardava pelo atendimento. No Hospital, fui recomendado a ficar de repouso, que dentro de um mês eu voltaria a andar normalmente, mas mesmo assim, terei sequelas”, explica Esmael.

Por volta de 2h30 da madrugada, no domingo (2) Esmael voltou ao bar, após ter o atendimento médico, e não avistou mais o casal e nem os militares que atenderam o caso.

“Ainda não contabilizei os prejuízos que tive no bar, mas pelo que já vi deve ficar em torno de 3 a 4 mil reais. Havia uma madeira que sustentava o telhado e a caminhonete a atingiu em cheio, deixando o telhado despencado, além de muitas mesas e cadeiras quebradas”, estima o dono do bar.

O Portal Correio contatou a Polícia Civil, para tentar descobrir se o casal chegou a passar pela Delegacia, mas o delegado de plantão informou que nada foi registrado. (Zeus Bandeira)