A motorista foi identificada como Maria de Fátima, de 57 anos, e foi presa em flagrante. Ela não aceitava a amizade de seu ex-namorado e Marli, moradora da região e que estava no local do atropelamento, no Jaraguá, zona norte de São Paulo. As quatro vítimas atingidas tiveram ferimentos graves e uma teve a perna amputada.
Priscila Castilho, uma das vítimas, ficou em cima do capô após o atropelamento, mas a motorista continuou acelerando. Ela é a mãe da criança de 6 anos atingida pelo veículo.
“Eu falava para ela ‘para, para, deixa eu descer’ e ela gritava ‘então desce’, mas não diminuia a velocidade, então eu me joguei”, relatou a vítima ao Balanço Geral São Paulo.
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Marli, amiga do ex-namorado de Maria de Fátima, não foi atingida pelo veículo e saiu ilesa. Ela estava conversando com as vítimas instantes antes do crime, mas conseguiu correr e escapar do caminho do veículo.
Segundo familiares do ex-namorado de Maria, ela estava perseguindo o homem após o fim do relacionamento. A mulher ligava frequentemente para ele, com diferentes números telefônicos, e ia até a casa de parentes próximos para “importunar”.
Maria de Fátima teria afirmado que iria matar Marli
Marco Rocha, testemunha do caso e marido de uma das vítimas, afirma que a motorista bêbada saiu do local momentos antes do incidente ameaçando Marli. “Ela saiu falando que ia matar. Deu a volta com o carro, observou a situação e disparou. Foi algo premeditado, assassino”.
Sílvio Luís Rocha, marido de Simone, relata o desespero com a situação. A esposa sofreu duas paradas cardíacas no caminho para o hospital e teve uma perna amputada.
“Ela estava com a perna toda destruída. Entrei em desespero, vi ela morrendo aqui. Eu me despedi dela, porque para mim ela não tinha mais vida”, descreve.
Veja o momento em que a motorista bêbada atinge as vítimas
Maria de Fátima foi presa em flagrante e, após audiência de custódia, teve a prisão preventiva decretada. Ela vai responder por embriaguez ao volante, tentativa de homicido, ameaça e injúria.
Priscila relata que, na delegacia, a autora dos crimes não demonstrou nenhum arrependimento com o ocorrido. “Não esboçou reação, não via ela com cara de choro. Não pensou em pedir perdão”.
(Fonte: NDMAIS)