Até ontem (27), por volta das 21 horas, permanecia sem identificação na sede do Instituto Médico Legal (IML) de Marabá o cadáver de um homem encontrado pela manhã entre as ruas Magalhães Barata e Getúlio Vargas, na Marabá Pioneira. Várias foram as especulações em torno do caso durante todo o dia e de ontem.
Foi ventilada a hipótese de que ele teria sido morto em outro local e que teria sido desovado ali, pois ninguém o reconheceu nas imediações de onde o corpo foi achado. Além disso, comentou que o homem foi assassinado a pauladas. Mas, conforme explicou o perito Pablo de Castro, do Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves, havia sinais de que a vítima – que aparenta ter entre 20 e 30 anos – tenha sido estrangulada, o que apenas a realização do exame necroscópico poderia comprovar.
Em relação ao local do crime, ainda segundo informação do perito, não se sabe, ainda, se o criminoso estrangulou o homem no local ou se ele foi morto em outro ponto da cidade e teve o corpo desovado ali. “O criminoso estrangulou e arrastou ele a uma distância aqui”, resumiu.
Leia mais:“É possível perceber que ele está morto há mais de seis horas no local, pelos sinais do cadáver, mas não sabemos exatamente, ainda, se foi assassinado aqui ou em outro local. A chuva também atrapalha, desfazendo alguns vestígios”, comentou o perito.
A suposição dele, a partir da rigidez cadavérica do corpo, foi feita por volta das 8h30 da manhã, dando a entender que ele morreu logo no início da madrugada. “Provavelmente pode ter havido uma desova aqui”, aposta o perito.
Ainda conforme o perito Pablo de Castro, do CPC, nas vestimentas da vítima não foi encontrada nenhuma droga ou mesmo qualquer documento que poderia identificar o homem morto.
Moradores do local informaram que às 6h15 da manhã um táxi passou pelo local e uma mulher desceu do veículo, gritando desesperadamente. Em seguida, embarcou novamente no carro e foi embora. Acrescentaram que uma guarnição da Polícia Militar que sempre realiza rondas na região os informou ter passado pela rua por volta das 5 horas da manhã e não havia corpo naquele horário.
Vale dizer que o local onde o cadáver foi achado fica bem na entrada da Vila Canaã, mais conhecida como “Vila do Rato”, zona vermelha da Marabá Pioneira, onde grassa o tráfico de drogas. É possível até que ele tenha sido morto ali, mas a água da chuva eliminou qualquer rastro de sangue. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)