Correio de Carajás

Morte de Medina poderá ser investigada por Belém

O assassinato do policial militar da reserva remunerada Jessé Medina da Cruz, de 43 anos, inicialmente será investigado por Marabá, mas possivelmente o caso será avocado para a Delegacia de Homicídios de Belém, por se tratar de morte de um policial e por estar ligado a outros casos que já estão sendo investigados por Belém.

A afirmação foi feita pelo delegado Ivan Pinto da Silva, titular do Departamento de Homicídios da Polícia Civil em Marabá, ao falar sobre as investigações sobre o assassinato do PM, que foi executado a tiros no final da manhã de domingo (6).

Cabo Medina, também conhecido como “Jacundá”, foi executado com pelo menos sete tiros em um bar, na rua Itacaiúnas, esquina com a José Cursino de Azevedo, em frente à Feira Coberta do bairro das Laranjeiras. Muito conhecido na cidade, a morte de “Jacundá” causou grande repercussão nas redes sociais.

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“Jacundá”, que era policial militar reformado, estava se divertindo com alguns amigos, em uma mesa de bilhar, quando teve o corpo crivado de balas. Ele morreu na hora. Testemunhas afirmaram que o atirador chegou, pelas costas da vítima, efetuou o primeiro disparo, “Jacundá” caiu e foi alvejado com vários tiros na região do tórax e também na cabeça.

O delegado Ivan confirmou que o cabo Medina tinha procedimentos abertos contra si, inclusive respondia por três homicídios. Disse também que o atirador não usava capacete, o que pode ajudar a polícia a identifica-lo, inclusive com a ajuda de imagens de câmeras de segurança que possam existir nas imediações de onde tudo aconteceu. “Havendo câmeras, a Delegacia de Homicídios vai requisitar essas imagens e isso vai contribuir com a investigação desse crime”, afirma.

O sargento Francisco, da Polícia Militar, foi um dos primeiros a comparecer ao local do crime. Ele conversou com a reportagem do CORREIO. “Fomos informados na rua por terceiros sobre essa situação, viemos até aqui e chegando confirmado o homicídio do colega, cabo Medina, há mais de dez anos ele não estava na ativa, é reformado”, explicou.

Ainda de acordo com o policial, testemunhas informaram que os criminosos eram dois homens em uma moto alta, provavelmente uma Broz de cor preta. Os dois estavam de camisa escura de manga comprida. “Essas são as informações que temos, o da garupa nem de capacete estava, segundo as informações”, reafirma.

Também presente ao local, delegado Thiago Carneiro, superintendente regional de Polícia Civil, disse que estava fazendo os locais de crime in loco para estudar a cidade e saber como que a criminalidade atua em Marabá. “Infelizmente o cabo Medina foi alvejado em um bar. A investigação vai ficar a cargo da Homicídios, mas vamos acompanhar de perto todos os homicídios que ocorrem na cidade justamente para mapear e identificar criminosos e reduzir esses índices alarmantes”, explica o superintendente. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)