Foi morto nesta sexta-feira (6), Anderson de Souza Mota, o “Andinho Mil Grau”, apontado como segundo envolvido no assalto a uma loja de celulares, localizada na Estação Rodoviária Pedro Marinho de Oliveira (Folha 32), no dia 22 de setembro. Na ocasião um policial civil que chegou no momento do crime acabou sendo rendido e tendo sua arma roubada. “Andinho” estava escondido em uma área desabitada e de difícil acesso nas adjacências de Serra Pelada, em Curionópolis.
Ele estava com prisão preventiva decreta e para dar cumprimento ao mandado foi reunida uma mega equipe policial. Participaram da ação 26 policiais, das Polícias Civil e Militar do Pará, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE-PMPA), do Núcleo de Apoio à Inteligência (NAI/Marabá), da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá, e da Delegacia de Polícia Civil de Curionópolis. As equipes realizaram diligências para localizar Anderson e cumprir a ordem judicial.
Após uma coleta de informações através de colaboradores, em bancos de dados e levantamentos em campo, as autoridades policiais tomaram conhecimento do paradeiro do foragido. Bem cedo, às 6h30, os agentes foram até a localidade e deram voz de prisão a “Andinho”, porém ele estava armado e efetuou um disparo na direção da equipe, que revidou.
Leia mais:Anderson foi baleado nesse bangue-bangue e precisou ser levado ao Hospital Municipal de Curionópolis para receber atendimento médico urgente. Porém Andinho não teve sorte e morreu. Segundo o superintende de Polícia Civil, delegado Thiago Carneiro, com essa ação, “todos os sete envolvidos, membros da alta cúpula do Primeiro Comandado da Capital (PCC), no crime (autores materiais e intelectuais) estão qualificados, identificados e/ou presos/foragidos”.
Além disso, outras providências serão tomadas como local de crime, necropsia e apreensão de armamentos e munições, foram requisitadas/determinadas. “O inquérito policial pertinente em breve será instaurado dentro do prazo legal para a correta e minuciosa apuração dos fatos”, informou o delegado.
RELEMBRE O CASO
O crime ganhou grande repercussão em Marabá por ter sido captado pelo circuito interno da loja de celulares e as imagens vazadas foram parar em diversos grupos de aplicativos de mensagens e redes sociais. No dia 28 de setembro, a arma do policial, que havia sido roubada, foi recuperada quando a Polícia Militar prendeu Wilrw Rocha Silva e mais um menor de idade no complexo São Félix, ambos acusados de comercializarem drogas no Residencial Tiradentes.
Tratava-se de uma pistola ponto40, Taurus 840, que foi apresentada na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil. Wilrw não era nenhum dos dois criminosos que apareciam nas imagens que viralizaram. Porém, sete dias depois após o crime, o primeiro envolvido foi preso. Ele estava bem longe de Marabá: a prisão ocorreu em Uberlândia, Minas Gerais, e foi identificado como Martins Vinícius Silva Nascimento, conhecido como “Maestro”.
Martins fugiu de Marabá após saber que estava sendo procurado pelo crime executado com maestria, como seu próprio apelido já indica. Ele só não contava com as imagens que o identificavam, e acabou sendo preso em uma ação conjunta entre a Polícia Civil do Pará, por meio do NIP, do NAI Marabá, da Superintendência da 10ª RISP e da Seccional de Marabá; da Polícia Militar de Goiás, por meio do Comando de Operações de Divisas – COD; e da Polícia Militar de Minas Gerais e Polícia Rodoviária Federal (PRF). (Zeus Bandeira)