📅 Publicado em 29/07/2025 18h13✏️ Atualizado em 29/07/2025 18h25
O Poder Judiciário paraense e a comunidade de Marabá perderam nesta terça-feira (29) um de seus magistrados mais experientes. O Dr. Amarildo José Mazutti, juiz de Direito titular da 3ª Vara Agrária e docente do curso de Direito da Faculdade Carajás, faleceu após luta contra um câncer na garganta e boca, doença que enfrentava desde janeiro deste ano. Ele estava internado no Hospital Beneficente Portuguesa, em Belém.
A informação sobre a sua morte foi confirmada ao Correio pela sua colega juíza Adriana Tristão, diretora do Fórum da Comarca de Marabá, a qual destaca que ele estava aparentemente bem nos últimos meses e que trabalhou normalmente até 10 dias atrás.
“Estou muito abalada, era meu amigo/irmão, entramos juntos na magistratura, em janeiro/2007. Ele era o mais velho da nossa turma e o mais alegre, sempre. Uma luz nos corredores do Fórum. Todas as mulheres sempre lindas para ele. O Agrário do Pará tem a cara dele, amava fazer audiência in loco, nas zonas rurais, principalmente, e sempre tinha uma história boa para contar. Um ser humano de coração imenso. Todos nós do fórum estamos de coração partido”, declarou a doutora Adriana.
Mazutti deixa viúva a senhora Naima Monteiro de Brito, 2º tenente da Aeronáutica, e um legado de dedicação incansável à aplicação da justiça.
Amarildo José Mazutti deixa um legado significativo no judiciário paraense, especialmente em Marabá, onde atuou por pelo menos 11 anos na Vara Agrária. Sua abordagem priorizava a conciliação, alinhada ao Código de Processo Civil, destacando sua sensibilidade às questões sociais.
Além da Vara Agrária, Mazutti também respondia pelo Juizado Especial Criminal Ambiental em Marabá, contribuindo para a resolução de conflitos agrários e ambientais na região. De outro lado, respondeu esporadicamente pela Justiça Eleitoral.
Recentemente, tomou decisões importantes, como a reintegração de posse da Fazenda Mutamba, fixando prazos para desocupação.
Doutor e docente do curso de Direito da Faculdade Carajás, em Marabá, ele combinava sua atuação judicial com a formação de novos profissionais, enriquecendo o meio acadêmico com sua experiência.
O velório deverá acontecer na Capital, possivelmente na sede do TJPA, o que ainda será confirmado. Mazutti manifestou o desejo de ser cremado após a sua partida.
