Atualização 2 de agosto de 2020 por
Quando a prefeitura construiu uma ponte na Grota Criminosa, ligando as Folhas 21 e 27 (Nova Marabá), substituindo a ponte antiga, a população aplaudiu a obra. O problema é a poeira que ficou depois do serviço feito. Isso ocorre porque a camada asfáltica foi removida das cabeceiras da ponte. Aliado a isso, os veículos passam em alta velocidade pelo local.
Messias Bezerra, dono de açougue na Folha 21, se vê obrigado a lavar seu estabelecimento quase o tempo todo, porque, do contrário, a poeira toma conta do local. “Muita poeira aqui. Perco mais tempo lavando meu açougue do que vendendo”, declarou, a pedir que a prefeitura envie um carro-pipa pelo menos duas vezes por semana.
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Diante do cenário de poeira que toma conta do perímetro, Messias diz que tem até perdido clientes. “Tem gente que nem encosta no açougue quando vê tanta poeira; acabam pensando que a gente que é seboso, mas não é. Eu tento manter aqui todo tempo limpo”, lamenta Messias.
Do outro lado da ponte, na Folha 27, a comerciante Maria de Fátima, mais conhecida como Dona Mariquinha, que mantém uma venda de legumes, frutas e verduras, também denuncia o problema da poeira e pede providências, porque o pequeno negócio que garante sua subsistência está sendo prejudicado.
“Aqui é da onde eu sobrevivo. Mas tem muita poeira, depois dessa ponte. O carro-pipa passa aqui um dia sim e dez não”, reclama, acrescentando que poderia ser colocado um redutor de velocidade no local, porque os veículos passam sempre em alta velocidade.

Prefeitura fala
Por telefone, o titular da Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (Sevop), Fábio Moreira, explicou que existem duas pontes feitas recentemente na Grota Criminosa. Uma delas fica entre as Folhas 28 e 20 e lá a concretagem vai começar na semana que vem.
Em relação à ponte das Folhas 21 e 27, a situação é diferente. Segundo ele, a prefeitura já licitou a urbanização de todo aquele perímetro da Grota Criminosa, para fazer uma espécie de anel viário dos dois lados do canal. A licitação foi vencida pela empresa Construfox.
Mas Fábio Moreira explicou que essa obra deve durar algo em torno de dois meses e não garantiu que um carro-pipa vai ser enviado com a frequência que os moradores da área estão pedindo. Enquanto isso são os próprios moradores quem aguam a via todos os dias para se livrar da poeira. (Chagas Filho)