Em manifestação pacífica ocorrida neste domingo (20), no quilômetro 18 da Estrada de Ferro Carajás, em trecho do Ramal S11D, da Mineradora Vale, moradores dos bairros Cidade Jardim e Nova Carajás, de Parauapebas. protestaram contra a empresa.
As alegações dos protestantes giravam em torno de supostos danos estruturais causados pelas obras de implantação do trecho, em 2015, e que ainda geram dores de cabeça aos moradores. Também houve denúncias contra a loteadora Buriti, que comercializou os terrenos na região.
Em vídeos que circulam nas redes sociais e Whatsapp, os manifestantes alegam que 1200 pessoas foram atingidas pelo “descaso da mineradora e da loteadora” no entorno do ramal ferroviário, entre ações de despejo e prejuízos a estruturas das casas causadas pelas detonações necessárias para o empreendimento.
Leia mais:Uma ordem judicial foi expedida ainda na tarde do domingo, movida pela mineradora, exigindo a desobstrução do ramal ferroviário ocupado pelos manifestantes, que foram conduzidos de forma pacífica para fora do trecho por uma equipe da Polícia Militar.
Em nota oficial, a Vale pontuou que a ocupação da ferrovia é crime previsto no Código Penal e por isso o Tribunal de Justiça do Pará cedeu decisão favorável a retirada dos manifestantes do local. Ainda foi esclarecido pela mineradora que “uma equipe dedicada ao relacionamento com as comunidades e que acredita no diálogo na busca de soluções” é mantida.
No dia 15 de junho deste ano, um inquérito civil foi instaurado para averiguar se houve ação ou omissão da mineradora Vale por conta de rachaduras estruturais nas adjacências do ramal S11D, que teriam sido causadas pelas obras de implantação do projeto. (Juliano Corrêa)