Nada menos de 24 veículos que deveriam atuar no transporte escolar na Região do Rio Preto, zona rural de Marabá, não estão atuando. Com isso, milhares de estudantes de diversas vilas estão tendo dificuldade para ir à escola. Muitos estão ficando em casa, outros vão a pé, outros de moto, todos expondo-se aos perigos das estradas por onde trafegam dezenas de carretas carregadas de minério.
Diante disso, a comunidade tem se movimentado, procurando o Grupo CORREIO, para denunciar o descaso, e também as autoridades, como o próprio Ministério Público, porque os filhos padecem sem as condições necessárias de acesso à escola.
Nossa reportagem entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura (Secom), que informou que das cinco empresas que ganharam licitação para atuar em sete lotes de transporte escolar, apenas a empresa Rio Preto não conseguiu operar na rota.
Leia mais:Ainda de acordo com a Secom, a empresa já foi notificada e multada e a prefeitura deu início ao processo de rescisão de contrato. Quando o trâmite for concluído, a empresa que ficou em segundo lugar no processo licitatório vai assumir a rota, afirma a Secom.
O outro lado
Também ouvido pela reportagem, Rogério Fernandes, representante legal da empresa Rio Preto, atribuiu o problema à morosidade do município. Segundo ele, o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) demorou a vistoriar os veículos e sem a vistoria, os veículos não poderiam fazer o transporte.
Ele afirma inclusive que chegou a colocar vans para rodar sem a vistoria, mas a prefeitura não pagou pelo trabalho, justamente pela ausência dessa autorização.
Além disso, sobre a notificação que a empresa recebeu, Fernandes exibiu para a reportagem o protocolo que comprova que toda a documentação foi encaminhada, de modo que ele continua trabalhando na rota.
Ele pediu desculpas aos pais de alunos e afirmou que, a partir da semana que vem, a situação estará regularizada. (Chagas Filho)