A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte do jovem médico Bruno de Castro Ribeiro, de 34 anos, encontrado morto no seu apartamento em Marabá. Ele morava em um condomínio que fica na Av. Castelo Branco, no Novo Horizonte. O corpo foi encontrado por um vizinho.
O chamado inicial à Polícia Civil se deu na manhã de quinta-feira (20) dando conta de possível homicídio. Ao adentrar a residência, constatou-se o cadáver de Bruno caído ao chão ao lado da cama, trajando calça, sem camisa e sem calçados. Logo identificou-se um ferimento de arma branca à altura do peito.
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“A vítima era médico proctologista (CRM/PA 11070), porém, por sofrer de dependência química de remédios, se envolvia em diversos furtos e estabelecimentos hospitalares (HMM, HMI), tendo sido recentemente proibido de adentrar nos referidos estabelecimentos. Ainda devido aos furtos cometidos, a vítima havia sido demitida da Secretaria de Saúde há cerca de 20 dias”, relata a delegada Simone Felinto, da Delegacia de Homicídios. Junto ao CRM, constam duas especialidades do médico, cirurgia geral e endoscopia.
A narrativa acima confere com o que o Correio de Carajás ouviu de um médico que foi colega de Bruno quando ambos lecionavam no curso de Medicina de uma faculdade particular e trabalharam no HMM. A fonte diz que o rapaz era uma boa pessoa, mas que seus problemas de dependência de remédios realmente lhe causavam dificuldades profissionais.
“No local, foi observada completa desordem nos cômodos, com a presença de diversas caixas de medicamentos (Trometamol cetorolaco 10mg, Pregabalina 150mg, Pregabalina 25mg/mL, Citrato de fentanila 50mcg/mL), além de seringas e scalps”, completa a autoridade policial, sobre o cenário.
ACHADO
Um vizinho da vítima foi quem ouviu uma movimentação e barulho de choro vindo do apartamento de Bruno, momento em que se dirigiu ao local e encontrou a porta aberta. Ele adentrou chamando o nome da vítima, a fim de saber se ele estava precisando de ajuda, porém, já encontrou a vítima sem vida no chão, ligando imediatamente para o SAMU, que compareceu ao local e atestou a morte.
O corpo da vítima estava no chão da cozinha e havia uma faca dentro da pia, próximo ao cadáver, com vestígios de sangue. Não havia sinais de arrombamento no residencial, nem no apartamento da vítima. “A perícia de local de crime esteve presente e, de forma preliminar, constatou tratar-se de um suicídio, hipótese a ser confirmada na continuidade das diligências”, encerra o B.O.P.
Foram ouvidos os vizinhos, assim como um irmão, além do companheiro, o homem com quem ele tinha um relacionamento. “Todos os relatos, até o presente momento, levam a investigação para um caso de suicídio. A Polícia Civil aguarda a conclusão do laudo pericial”, relata a delegada Simone, destacando que também foram conferidas imagens de câmeras de segurança dos arredores.
A família de Bruno é de Belém e foi acionada para as providências relacionadas ao funeral. (Da Redação)